Autor: Giancarlo Galdino

O filme que levou 100 milhões de pessoas aos cinemas está agora na Netflix Divulgação / Universal Studios

O filme que levou 100 milhões de pessoas aos cinemas está agora na Netflix

Com alguma sutileza, “O Retorno da Múmia”, o segundo filme da franquia, galvaniza esses assuntos e os amarra de modo a sugerir respostas a um dos enigmas que ninguém jamais decifrou. Tarimbado nesses enredos sobre monstros e seres que avançam milênios despertando curiosidade, admiração e medo, Stephen Sommers mexe as peças exatas a fim de conseguir o resultado que se vê na tela e mostrar uma trama que assume com orgulho seus exageros. O diretor-roteirista faz deste trabalho a pedra angular para uma série de outras produções em que explora a influência de criaturas de mundos arcaicos na rotina da gente tão comum de hoje.

Para lavar a alma, acalmar o espírito e melhorar o seu dia: o filme mais engraçado e gentil da Netflix Divulgação / The Film Arcade

Para lavar a alma, acalmar o espírito e melhorar o seu dia: o filme mais engraçado e gentil da Netflix

Em 1955, um grupo de atores de Chicago teve a ideia de que o teatro do improviso poderia ser uma forma de arte por si só. Cada um tem autonomia para levar o texto para onde quiser, desde que se observe três básicas: 1) dizer sim, isto é, aceitar a proposta do colega; 2) o grupo é o mais importante; e 3) não pensar, dar vazão aos impulsos. O problema é que artistas são, além de vaidosos, um tanto avessos a convenções e amarras de qualquer ordem, e então acontece o que enuncia o título de “O Holofote não é para Todos”, a metacomédia em que Mike Birbiglia leva o espectador pelos meandros de um universo que conhece como poucos.

Ganhador do Spirit Award e diferente de tudo que você já assistiu, filme com Taylour Paige e Colman Domingo acaba de chegar à Netflix Divulgação / A24

Ganhador do Spirit Award e diferente de tudo que você já assistiu, filme com Taylour Paige e Colman Domingo acaba de chegar à Netflix

Em 27 de outubro de 2015, uma dançarina de boate chamada A’Ziah King liderava os tópicos mais importantes do Twitter contando uma história sem pé nem cabeça sobre o que parecia o resultado de uma farra homérica. King, a personagem-título de “Zola”, descreveu em 148 tuítes os pormenores mais sórdidos dos dias passados junto a três estranhos, e Janicza Bravo viu na história a matéria-prima para um belo relato sobre os bastidores da prostituição nos Estados Unidos.

Na Netflix, inspirado em uma história real, o terror psicológico que fez pessoas desmaiarem nos cinemas Divulgação / Columbia Pictures

Na Netflix, inspirado em uma história real, o terror psicológico que fez pessoas desmaiarem nos cinemas

O marketing é alma de “Escape Room 2”, cuja voltagem, cá para nós, não reúne tanta potência assim. O segundo filme da franquia, também dirigido por Adam Robitel, permanece muito semelhante ao primeiro, de 2019, que remete a produções congêneres de modo mais direto e cru. Agora, os personagens enfrentam situações de perigo e acentuado desgaste emocional um pouco menos despreparados, mas têm de se mostrar mais fortes e unidos caso queiram voltar sãos e salvos à rotina que tanto prezam.

Uma fábula moderna, selvagem e sangrenta acaba de chegar à Netflix; o filme mais impressionante da semana Divulgação / Neon

Uma fábula moderna, selvagem e sangrenta acaba de chegar à Netflix; o filme mais impressionante da semana

Pela advertência espalhafatosa da introdução, Sam Levinson deixa a audiência prevenida sobre o que esperar de “País da Violência”, uma distopia onde perseguição misógina, racismo, supremacia ariana, homofobia, fanatismo religioso, linguagem de baixo calão, violência sexual e todo o gênero de miséria humana toma forma diante de nossos olhos entre espavoridos e quase orgulhosos da inventividade corajosa do diretor-roteirista, que vai comendo pelas beiradas até atingir seus alvos.