Autor: Giancarlo Galdino

90 minutos de risadas garantidas: o filme mais engraçado e divertido que você assistirá este mês na Netflix

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Em “Morte no Funeral”, Neil LaBute fala da morte apelando ao nonsense, trocando o sinal empregado por Frank Oz no remake do filme britânico de 2007 de mesmo título. Nada aqui faz muito sentido — como a própria morte para muita gente, aliás —, e, em sendo assim, o diretor inclui em sua versão da história toda a bizarrice que consegue, tratando de dar-lhe algum lastro de banal normalidade.

Ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes, filme europeu, que foi aplaudido de pé nos cinemas, está no Max Divulgação / Imovision

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Um homem é forçado a peregrinar por repartições públicas implorando para ser atendido numa questão banal. Sim, o argumento central de “Eu, Daniel Blake” é Kafka na veia, tão dramático e um tanto menos casmurro que “O Processo” (1925), publicado postumamente, à revelia do último desejo do tcheco, morto um mês antes de completar 41 anos, em 1924. O roteiro de Paul Laverty balança de um patente descrédito de tudo para os inesperados alívios cômicos que aproximam o protagonista do espectador, e então qualquer um é capaz de sentir sua agonia, o grande trunfo de Ken Loach.

O último filme de Antoine Fuqua, com Denzel Washington, vale a assinatura do Max Divulgação / Columbia Pictures

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Robert McCall parecia ter sumido do mapa, mas estava apenas dando um tempo numa vila isolada da Sicília. Assim começa “O Protetor: Capítulo Final”, com uma das sequências mais aterradoras do cinema nos últimos seis anos, quando Antoine Fuqua levou à tela o segundo filme da série, já pródigo das cenas em que Susan Plummer, a melhor amiga e ex-colega de trabalho de McCall, é executada por gângsteres no decorrer da investigação de um assassinato na Bélgica.

Filme que levou Channing Tatum a 100 dias de isolamento militar chega à Netflix e se torna um dos mais assistidos do mundo Divulgação / Columbia Pictures

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Roland Emmerich é uma grife no que respeita a produções sobre monstros e hecatombes que ameaçam nossa vidinha singular. Diretor de arrasa-quarteirões a exemplo de “Independence Day” (1996), “Godzilla” (1998), “O Dia Depois de Amanhã” (2004) e “Independence Day: O Ressurgimento” (2016), em “O Ataque” o alemão galvaniza a neurose e o perfeccionismo que o fizeram multimilionário — embora se perceba um certo descompasso temporal.

Se existe uma história de amor obrigatória no cinema, é a obra-prima atemporal de Tom Ford, disponível no Canal Max

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Christopher Isherwood (1904-1986) viu na força dos versos de Tennyson e na solércia dos argumentos de Huxley a matéria-prima para tecer suas críticas a um estilo de vida que parecia-lhe confuso. Em 1964, o britânico-americano publicou “Um Homem Solteiro” (1964), por seu turno adaptado para o cinema sob o nome infeliz de “Direito de Amar”, um ótimo desfecho para a cadeia iniciada há dois séculos. Esteta profissional, Tom Ford pontua seu trabalho com filigranas como os ternos e vestidos desenhados por Arianne Phillips, um assunto que domina como poucos, a fim de chegar ao que de fato interessa.