Autor: Giancarlo Galdino

O primeiro filme em língua não inglesa a ganhar o Oscar de Melhor Filme, está no Max Divulgação / Neon

O primeiro filme em língua não inglesa a ganhar o Oscar de Melhor Filme, está no Max

Poucas vezes na história do cinema a pobreza, a desigualdade social, os horrores que o dinheiro — ou, principalmente, a falta dele — acarreta na vida de indivíduos e de uma nação, nessa ordem, foram mostrados com tamanhas perspicácia e virulência como em “Parasita”, um filme dificílimo de ser rotulado. Poucos diretores dizem essas verdades incômodas e fomentam discussões cada vez mais urgentes como o sul-coreano Bong Joon-ho, que botou no currículo láureas a exemplo do Oscar de Melhor Filme por este trabalho, o primeiro longa em idioma estrangeiro a vencer na categoria, e também o primeiro a ganhar a estatueta da Academia e a Palma de Ouro de Cannes.

Engraçada e doce, a comédia de Tyler Perry que acaba de chegar à Netflix talvez seja exatamente o que você precisa Divulgação / Lionsgate

Engraçada e doce, a comédia de Tyler Perry que acaba de chegar à Netflix talvez seja exatamente o que você precisa

Mulheres à beira de um ataque de nervos. Não, “O Clube das Mães Solteiras” não é nenhum remake do clássico de 1988 dirigido por Pedro Almodóvar, mas bem que poderia ser, caso fosse menos óbvio — o que não quer dizer que não haja lances quase excelsos em mais essa comédia de costumes de Tyler Perry, um artista assumidamente engajado que especializou-se em abordar todos os assuntos de que os diretores brancos de Hollywood tratam, com a grande sacada de escalar atores negros para protagonistas.

Baseado em uma história real, filme com Hilary Swank vai te fazer acreditar em milagres, no canal Max

Baseado em uma história real, filme com Hilary Swank vai te fazer acreditar em milagres, no canal Max

Sharon Stevens Evans, a protagonista de “Uma Vida de Esperança”, parecia não ver empecilho algum em levar sua vida sem nenhum dilema existencial, sem nenhum incômodo com o sofrimento do outro, até que uma manchete de jornal a estarrece. Jon Gunn tira da história verídica de Sharon, empenhada em salvar de uma morte lenta e injusta uma menina de cinco anos, os elementos para um melodrama de peso, alicerçado na performance irretocável de uma atriz que só melhora com o tempo.

Ganhador do Festival de Cannes, a obra-prima que consagrou Cate Blanchett está na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Ganhador do Festival de Cannes, a obra-prima que consagrou Cate Blanchett está na Netflix

Todo mundo já escutou considerações sobre o tal efeito borboleta, que prega um elo muitas vezes invisível entre causas e consequências as mais insólitas ligando fatos diversos. Essa é a única razão para se admitir como plausível o que se vê em “Babel”, uma junção de três histórias sobre coincidência, destino, (má) sorte e as opressivas infelicidades que nos reserva o existir, para gente comum ou para espíritos destacados do resto da pedestre humanidade, cheios de uma luz interior que as livra de situações invencíveis para os simples mortais — até que a engrenagem que segura a máquina se arruína.

Último filme da franquia de suspense e terror mais famosa do cinema acaba de estrear na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Último filme da franquia de suspense e terror mais famosa do cinema acaba de estrear na Netflix

Stu Macher e Billy Loomis, os assassinos da série “Pânico”, continuam aprontando. Em “Pânico 6”, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett requentam alguns dos mistérios de “Pânico 5”, tomando o cuidado de deixar uns Easter eggs, umas pistas — verdadeiras ou não — ao longo do caminho. James Vanderbilt e Guy Busick, por seu turno, seguem com rigor as coordenadas do minucioso texto original de Kevin Williamson, outra razão da boa fortuna dessas produções.