Autor: Fernando Pacéli Siqueira

Não existe bolero sem Ravel

Não existe bolero sem Ravel

Há melodias que transcendem o tempo e capturam algo profundamente humano, ecoando em cada nota uma mistura de emoção e tensão crescentes. Algumas composições desafiam o ouvinte a uma imersão completa, onde o tema central se repete com variações sutis, criando uma atmosfera hipnótica que se intensifica a cada instante. Essas obras-primas desafiam a linearidade e nos fazem refletir sobre o poder de uma construção musical que é, ao mesmo tempo, simples e grandiosa. O gênio por trás dessas composições captura nuances que parecem se enraizar na alma, deixando uma impressão que não se apaga.

A Vila que Noel Rosa imortalizou

A Vila que Noel Rosa imortalizou

Noel Rosa, com seu violão e sua verve única, eternizou a Vila Isabel como o berço de sambas que traduzem o Brasil. Entre o humor e a melancolia, a boemia e as críticas à sociedade, suas letras ecoam até hoje, carregadas de lirismo e rebeldia. Marcado pela vida breve e intensa, o Poeta da Vila transformou seu próprio destino em música. Do romantismo a disputas, ele desenhou em versos o cotidiano carioca. Este texto revisita a vida e a obra de Noel, um gênio que fez do samba sua voz e do amor à sua cidade, seu estandarte.

A OSESP está na terceira idade com fôlego de jovem

A OSESP está na terceira idade com fôlego de jovem

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), aos 70 anos, continua sua trajetória de sucesso com o entusiasmo de uma jovem promissora. Internacionalmente aclamada, a orquestra tem levado a riqueza da música clássica brasileira aos palcos mais prestigiados da Europa, destacando-se em festivais renomados e enchendo de orgulho todos os brasileiros que valorizam a cultura.

Réquiem para um enorme grande homem

Réquiem para um enorme grande homem

Em 1977, ao ingressar na Faculdade de Medicina, encontrei um colega cuja estatura e inteligência me impressionaram profundamente. Sizenando da Silva Campos Júnior, com seus 1,90m, destacou-se não apenas por sua altura, mas também por sua sagacidade e serenidade inabaláveis. Nossa amizade, marcada por respeito mútuo, revelou um homem de caráter reto e equilibrado, cuja trajetória de vida deixou lições valiosas. Mesmo diante das adversidades, incluindo uma neoplasia maligna cerebral, Sizenando manteve sua integridade e resiliência, exemplificando a força do espírito humano. Este texto é um tributo a um grande homem cuja vida inspirou muitos ao seu redor.

Zé Carioca, o paulista que se tornou carioca

Zé Carioca, o paulista que se tornou carioca

Acontece que a criatividade de Disney assombrava a todos e, aqui, ele criou o personagem Zé Carioca, que foi apresentado ao mundo e se tornou o principal personagem brasileiro da Disney, que recebe, durante o transcorrer da película “Alô Amigos”, o personagem Pato Donald para um passeio pelo país e pela América Latina. Em 1944 e 1948, Zé Carioca apareceria em mais dois longas-metragens, respectivamente, “Você já foi à Bahia?” e “Tempo de Melodia”, entretanto a consolidação do personagem se deu pelas histórias em quadrinhos.