Autor: Fernando Machado

A maior história de amor do cinema nos últimos 30 anos chegou à Max Divulgação / Warner Bros.

A maior história de amor do cinema nos últimos 30 anos chegou à Max

Na quietude de uma fazenda em Iowa, um encontro fugaz entre uma dona de casa e um fotógrafo transforma quatro dias comuns em uma travessia emocional irreversível. Dirigido por Clint Eastwood e impulsionado pela atuação magistral de Meryl Streep, “As Pontes de Madison” subverte expectativas ao explorar o amor não vivido com uma delicadeza que inquieta e permanece.

Ação com Melissa McCarthy e Elisabeth Moss para quem é fã de adaptações de HQs, na Max Divulgação / BRON Studios

Ação com Melissa McCarthy e Elisabeth Moss para quem é fã de adaptações de HQs, na Max

Nas vielas abafadas de uma Nova York setentista, não são os gritos nem os tiros que mais ecoam, mas sim o silêncio cortante de mulheres que cansaram de esperar por permissão. “Rainhas do Crime” nasce dessa tensão: um campo de batalha onde as protagonistas não imploram por espaço — elas o reivindicam com sangue e cálculo. Adaptado da minissérie da Vertigo e dirigido por Andrea Berloff, o longa se anuncia como um gesto audacioso de inversão narrativa: três esposas de mafiosos, relegadas à invisibilidade enquanto os maridos comandavam o submundo, decidem não apenas sobreviver à ausência dos homens, mas tomar de assalto o poder que eles deixaram para trás.

O maior faroeste existencialista da história do cinema está no Prime Video — e não tem herói, redenção ou trilha sonora Divulgação / Miramax Films

O maior faroeste existencialista da história do cinema está no Prime Video — e não tem herói, redenção ou trilha sonora

Num deserto onde até o silêncio parece armado, três homens seguem destinos cruzados por dinheiro, desespero e morte. “Onde os Fracos Não Têm Vez” é mais que um thriller de perseguição: é uma parábola sombria sobre a erosão da moral num mundo onde a violência já não pede justificativas. Os irmãos Coen traduzem McCarthy em cinema seco, implacável, assombrosamente lúcido e carregado de presságios viscerais.

O filme que Jessica Lange se arrepende de ter feito, na Netflix Divulgação / Columbia TriStar

O filme que Jessica Lange se arrepende de ter feito, na Netflix

A espinha dorsal da narrativa é o vínculo doentio entre Martha, uma viúva que camufla seus delírios sob véus de religiosidade e moralidade sulista, e seu filho Jackson, um homem cuja passividade revela não maturidade, mas paralisia emocional. A presença de Helen — jovem órfã e sedenta por pertencimento — desestabiliza esse ecossistema incestuoso não apenas por ser uma intrusa, mas por ameaçar romper com o pacto silencioso que mantém essa estrutura disfuncional em funcionamento.

Se há um filme na Netflix que todos deveriam assistir, é a joia silenciosa de Charlotte Wells — delicada, profunda e impossível de esquecer Divulgação / Charades

Se há um filme na Netflix que todos deveriam assistir, é a joia silenciosa de Charlotte Wells — delicada, profunda e impossível de esquecer

“Aftersun” mergulha com delicadeza nas brechas da memória, onde o afeto convive com a ausência e o cotidiano oculta dores profundas. Em férias fugazes entre pai e filha, o filme articula uma narrativa silenciosa e devastadora sobre o que escapa à compreensão infantil, mas se fixa no corpo adulto como cicatriz. Charlotte Wells constrói um retrato sensível daquilo que só o tempo revela por inteiro.