Autor: Fernando Machado

Vencedor de 6 Oscars, filme é considerado uma das 200 maiores obras-primas do cinema, no Prime Video Divulgação / Warner Bros.

Vencedor de 6 Oscars, filme é considerado uma das 200 maiores obras-primas do cinema, no Prime Video

A narrativa se desenrola como um frenesi visual, sustentado por um rigor estético que transforma o caos em espetáculo. O diretor, que na juventude exerceu a medicina de emergência, canaliza sua experiência com corpos dilacerados em cenas que misturam poesia e brutalidade, compondo um pesadelo do qual o espectador não quer acordar. A violência não é apenas um artifício estilístico; é um espelho do que a humanidade se torna quando reduzida à lei do mais forte. O roteiro, assinado por Miller, Brendan McCarthy e Nico Lathouris, equilibra a ação desenfreada com reflexões desconfortáveis sobre poder, submissão e resistência.

Um espetáculo visual inesquecível: filme de Terrence Malick que parece uma poesia imagética, no Prime Video Divulgação / Fox Searchlight Pictures

Um espetáculo visual inesquecível: filme de Terrence Malick que parece uma poesia imagética, no Prime Video

A essência do filme está na tentativa de fazer com que o espectador enxergue sua própria trajetória refletida na saga da família O’Brien. É uma aposta ousada, que se concretiza na harmonia entre o requinte formal e a sutileza narrativa, algo que encontra sua melhor tradução na fotografia de Emmanuel Lubezki. O diretor de fotografia, um mestre em transformar imagens em poesia, constrói enquadramentos que dispensam palavras, conduzindo a experiência de forma quase instintiva. A luz, os ângulos e os movimentos de câmera criam uma conexão visceral com o público, como se cada cena estivesse impressa em nossa própria memória.

Comédia romântica que nunca envelhece e é um verdadeiro carinho na alma, na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

Comédia romântica que nunca envelhece e é um verdadeiro carinho na alma, na Netflix

A história acompanha Iris (Kate Winslet) e Amanda (Cameron Diaz), mulheres de realidades distintas que, ao decidirem trocar de casas durante as festas de fim de ano, acabam embarcando em jornadas transformadoras. O que começa como um escape de suas rotinas exaustivas se revela uma oportunidade de autoconhecimento. O roteiro, embora aparentemente leve, toca em dilemas contemporâneos como a necessidade de quebrar ciclos prejudiciais, a valorização do bem-estar emocional e a coragem de recomeçar, tornando-se particularmente atual em uma era que valoriza a saúde mental.

Indicado a 5 estatuetas do Oscar 2025, filme já é considerado um dos 55 melhores filmes da história do cinema, na Max Divulgação / Warner Bros.

Indicado a 5 estatuetas do Oscar 2025, filme já é considerado um dos 55 melhores filmes da história do cinema, na Max

Em “Duna: Parte Dois”, Villeneuve intensifica essa abordagem, mergulhando mais fundo na transformação de Paul Atreides. O jovem herdeiro, moldado pelas adversidades de um destino inexorável, vê-se diante do dilema de assumir o peso de sua própria lenda. Timothée Chalamet, agora em um momento de plena maturidade artística, entrega um desempenho denso e multifacetado. Entre fragilidade e determinação, ele encarna um messias relutante, dilacerado entre suas convicções e a violência inevitável de sua jornada.