Em Utah, 1857, disputas entre mórmons, nativos e o governo americano explodem em “Terra Indomável”. A série revive o trágico Massacre de Mountain Meadows, mergulhando na violência crua do Velho Oeste. Com personagens ficcionais entrelaçados a figuras históricas, o enredo destaca os dilemas morais de uma época de paranoia e sobrevivência, onde poder, fé e conflito moldaram destinos.
“City of Lies” encontra seus momentos mais marcantes nas interações entre Depp e Whitaker, que dão vida a discussões densas sobre ética, racismo e poder. Contudo, é em cenas pontuais, como o confronto entre Frank Lyga e Kevin Gaines, que o filme atinge seu ápice. Interpretados por Shea Whigham e Amin Joseph, esses personagens expõem as tensões explosivas dentro do próprio departamento de polícia, em uma sequência que culmina em tragédia. Furman utiliza essas cenas para revelar a complexidade das relações interpessoais e institucionais, sem nunca recorrer a soluções fáceis ou a retóricas moralistas.
Um atentado em Berlim destrói a vida de Maxi, uma jovem que, em busca de sentido para a tragédia, é atraída por um movimento político que mascara ideologias perigosas sob a aparência de progresso. Em “Je Suis Karl”, o diretor Christian Schwochow examina como jovens são seduzidos por discursos radicais e os perigos de reviver ideias autoritárias, mesclando elementos históricos e uma análise pungente da intolerância contemporânea.
Richard Linklater transforma a passagem do tempo em arte com uma narrativa que condensa 12 anos em uma jornada emocional intensa. Acompanhando a transição de um menino para a vida adulta, o filme combina performances memoráveis, como a de Patricia Arquette, com uma direção sensível e original. Um convite para refletir sobre os laços que moldam nossas vidas e o impacto dos anos que se acumulam.
Desde o início, o filme destaca as contradições da protagonista. Liz é inquieta, determinada e ao mesmo tempo vulnerável, buscando um equilíbrio que parece sempre escapar de suas mãos. A jornada começa em Bali, onde ela conhece Ketut Liyer, um guru local que lhe oferece uma série de conselhos envoltos em simplicidade. Uma dessas lições é simbolizada por uma gravura de uma deusa hindu equilibrando-se em quatro pernas, uma metáfora que se revelará essencial nos momentos finais da narrativa.
