Autor: Fernando Machado

No filme “Aftersun”, uma conversa reveladora entre pai e filha em um quarto de hotel descortina profundas camadas emocionais. A jovem Sophie tenta ocultar sua juventude, enquanto observa as marcas de um casamento desfeito no semblante de Calum, seu pai. Dirigido por Charlotte Wells e enraizado em suas experiências pessoais, o filme navega por temas de perda e resiliência, expondo o impacto duradouro de laços familiares partidos e as tentativas de cura em meio à dor.

Arthur Schopenhauer, em “O Mundo como Vontade e Representação” (1818), apresenta a existência humana como uma incessante busca por satisfazer desejos profundos e complexos. Essa teoria é vividamente ilustrada no filme “Chronicle”, que retrata a trajetória de um jovem cujas aspirações irrealizáveis o conduzem por um caminho de transformação radical. Coescrito por Josh Trank e Max Landis, o filme explora a tensão entre destino e livre-arbítrio.

No filme “Agência do Amor”, é explorado a amargura de um homem após o fim de um amor problemático, sob a direção de Shirel Peleg. A narrativa, situada na Alemanha, baseia-se no livro de Elena-Katharina Sohn e se desdobra em uma trama que pondera poeticamente sobre os riscos do envolvimento amoroso. A história captura o espectador ao prever um possível rompimento das dores do protagonista, evocando reflexões sobre a complexidade das relações humanas.

Em “Rebel Moon — Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes”, Zack Snyder, ao lado dos co-roteiristas Shay Hatten e Kurt Johnstad, aprofunda a trajetória de sua protagonista, uma heroína marcada por profundas adversidades pessoais e globais. Ela se reencontra em meio a um cenário caótico, defendendo-se de inimigos implacáveis enquanto redescobre aspectos fundamentais da vida que acreditava perdidos. Este capítulo parece concluir os enigmas de sua jornada tortuosa.

A temporada de Natal, frequentemente retratada com alegria e harmonia, também pode trazer conflitos e desafios, uma dualidade capturada no cinema por diretores como Billy Wilder e Clea DuVall em “Happiest Season”. Este filme revisita clichês para explorar dilemas humanos contínuos, destacando-se por abordar preconceitos e promover discussões sobre mudanças sociais, em um contexto que combina crítica e celebração da capacidade de renovação humana.