Autor: Fernando Machado

A título de comparação, “O Irlandês” (2019), obra dirigida por Martin Scorsese, custou US$ 160 milhões — um montante significativamente menor — e entregou uma experiência cinematográfica imersiva com uma duração consideravelmente maior. Já em “Alerta Vermelho”, parte substancial do orçamento foi dedicada aos salários das estrelas e do diretor, mas o resultado final indica que, por mais que essas figuras possuam certo magnetismo, o investimento não foi suficiente para assegurar um conteúdo de qualidade.

Neste drama envolvente, uma jovem ilustradora se encontra diante de uma encruzilhada que define dois destinos possíveis. Dividida entre criar um filho sozinha ou seguir para Los Angeles e perseguir seus sonhos profissionais, ela enfrenta as consequências de suas escolhas em universos paralelos. Com uma narrativa intrigante, o filme explora temas como autoconhecimento, sacrifícios pessoais e o peso das decisões, levando o público a refletir sobre os caminhos que não escolhemos.

Lady Chatterley, uma mulher refinada e influente na sociedade britânica do pós-Primeira Guerra Mundial, se vê atraída por um jardineiro singular. Mais do que sua aparência ou educação, é a simplicidade mágica que ele oferece que a cativa, preenchendo um vazio em seu casamento sem paixão. “O Amante de Lady Chatterley” não é apenas uma história de amor; é uma análise profunda sobre o poder silencioso do ódio, que, disfarçado de amor, se espalha com sutileza, destruindo de forma quase imperceptível.

“Paixão Sufocante” retrata a intensa história de dois mergulhadores cuja obsessão por quebrar recordes se entrelaça com um romance destrutivo. Inspirado nos eventos reais envolvendo Audrey Mestre e Pipín Ferreras, o filme, dirigido por David M. Rosenthal, explora a linha tênue entre amor, ambição e tragédia. Com atuações poderosas e uma narrativa impactante, o longa mergulha nas profundezas das emoções humanas e dos riscos do mergulho livre.

Falar sobre aquilo que se conhece profundamente — e, acima de tudo, que se ama — é a maneira mais certeira de alcançar o universal. Essa ideia, inspirada no poema “O rio da minha aldeia”, de Fernando Pessoa (1888-1935), escrito em 1946, uma década após sua morte, traduz com perfeição o espírito de “Belfast”.