“Por Lugares Incríveis” (2020) transcende a simples narrativa romântica para explorar as complexidades da dor emocional e da redenção. Sob a direção de Brett Haley, Elle Fanning e Justice Smith entregam performances que equilibram vulnerabilidade e força. Através dos cenários discretos de Indiana, o filme revela que os lugares mais incríveis estão na descoberta do outro e de si mesmo.
Durante os anos 1980 e 1990, o Brasil vivia uma transição democrática pós-Ditadura Militar, enfrentando crises econômicas devastadoras e uma pobreza alarmante. A autoestima da população estava em frangalhos, e a imagem do país no exterior não era das melhores. Nesse cenário, Senna se destacou como um herói nacional, elevando o orgulho brasileiro ao exibir a bandeira do país em cada vitória. Sua presença transcendia o esporte: ele simbolizava esperança, superação e dignidade para milhões. Contudo, a série praticamente ignora essa dimensão, falhando em contextualizar a magnitude de sua influência.
Stephen Chbosky entrega em “Extraordinário” (2017) uma narrativa sensível e envolvente sobre a superação de um menino que enfrenta o mundo com resiliência e curiosidade. Inspirado no livro de R.J. Palacio, o filme acompanha August Pullman, um garoto com uma rara condição genética, que descobre os desafios e alegrias da vida escolar. Com atuações tocantes e uma mensagem poderosa sobre aceitação e empatia, a obra emociona sem apelar para sentimentalismos fáceis.
Após anos afastado, Brendan Fraser retorna com uma intensidade brutal em “A Baleia”, dirigido por Darren Aronofsky. O drama explora, com uma sensibilidade cortante, a jornada de um homem consumido pela culpa e pelo desejo de redenção. Encerrado entre as paredes de um apartamento opressivo, Fraser nos conduz por uma experiência visceral e devastadora, onde cada gesto e olhar desvelam a complexidade da dor humana.
Por trás da narrativa principal, o filme examina dilemas éticos profundos. A decisão de sacrificar cem mil soldados na invasão da Sicília, ou de manipular informações e pessoas em nome de um bem maior, ilustra a tensão entre pragmatismo e moralidade. Nicholas Rowe, como o capitão David Ainsworth, oferece um contraponto moral à lógica implacável que guia a operação. Em meio a esse cenário, a frase de Maquiavel — “os fins justificam os meios” — é posta à prova de forma contundente.
