Adam Sandler troca a comédia fácil por um silêncio angustiante em “O Astronauta”, ficção existencial que transforma uma missão espacial em exame íntimo de fracassos afetivos e traumas reprimidos. Dirigido por Johan Renck e baseado no romance de Jaroslav Kalfař, o filme usa o vácuo do cosmos para expor o colapso emocional de um homem que já não sabe mais para onde voltar — nem se há algo que ainda possa chamar de lar.
James Gray conduz “Amantes” com uma precisão rara, trocando gestos grandiosos por silêncios carregados de tensão. Joaquin Phoenix encarna um homem dilacerado entre a estabilidade morna e o fascínio pelo caos, num retrato inquietante das decisões que moldam — ou desfiguram — nossas vidas afetivas. O filme investiga não o amor idealizado, mas as zonas ambíguas entre desejo, culpa e fuga, revelando como até o afeto mais sincero pode se perder na hesitação.
Entre explosões coreografadas e piadas cortantes, dois veteranos da ação voltam à cena não apenas para encarar um novo inimigo, mas para confrontar o peso das próprias escolhas. “Bad Boys para Sempre” reativa a fórmula dos anos 1990 com uma dose surpreendente de autocrítica, nostalgia e ritmo alucinante, provando que envelhecer também pode ser uma arma — desde que bem empunhada.
