Autor: Euler de França Belém

A história da publicação de Doutor Jivago, o romance que deu o Nobel de Literatura a Boris Pasternak

A história da publicação de Doutor Jivago, o romance que deu o Nobel de Literatura a Boris Pasternak

Ao lado de Púchkin, Maiakóvski, Óssip Mandelstam, Anna Akhmátova e Marina Tsvetáieva, Boris Pasternak é um dos mais notáveis poetas russos, parcamente traduzido no Brasil. O sucesso do romance “Doutor Jivago” (Companhia das Letras, 616 páginas, tradução de Sonia Branco; Aurora Fornoni Bernardini traduziu os poemas), publicado em 1957, na Itália, ofuscou sua poesia, que se tornou menos conhecida do que a prosa, que não era o seu forte.

Jean-Paul Sartre, o messias da filosofia

Jean-Paul Sartre, o messias da filosofia

O francês Jean-Paul Sartre, o “gnomo obsceno”, talvez tenha sido o filósofo mais comentado e, até, lido do século 20. O que você vai ler neste texto é tão duro que dou duas dicas: há uma ampla biografia, “Sartre”, de Annie Cohen-Solal, em português, que tem uma interpretação menos ácida e mais equilibrada do companheiro de Simone “Castor” de Beauvoir, e há “Passado Imperfeito — Um Olhar Crítico Sobre a Intelectualidade Francesa no Pós-Guerra”, do historiador britânico Tony Judt. Não há índice de nomes (pelo menos na minha edição), o que é complicado numa biografia em que se cita muita gente (como o brasileiro Jorge Amado).

A nova tradução de ‘Evguiêni Oniéguin’, de Aleksandr Púchkin

A nova tradução de ‘Evguiêni Oniéguin’, de Aleksandr Púchkin

Aleksandr Púchkin (1799-1837) escreveu um romance em versos, na primeira metade do século 19, que permanece moderno. “Evguiêni Oniéguin” é uma obra-prima e praticamente reinventou a grande literatura russa. Pode-se dizer que todos os grandes do século 19, como Gógol, Tolstói e Dostoiévski, são filhos do bardo que viveu pouco mais de 30 anos e morreu num duelo com um francês (suspeito de ter um caso com a mulher do poeta).

A história da agente literária que ‘fabricou’ o sucesso de García Márquez e Vargas Llosa

A história da agente literária que ‘fabricou’ o sucesso de García Márquez e Vargas Llosa

O boom da literatura latino-americana deve muito a uma mulher, a superagente literária espanhola Carmen Balcells y Segalà (1930-2015). Com seu decisivo apoio, o colombiano Gabriel García Márquez (“Cem Anos de Solidão”) e o peruano Mario Vargas Llosa (“A Cidade e os Cachorros”), entre outros, conquistaram a Europa e, em seguida, o mundo — tanto que receberam o Prêmio Nobel de Literatura. Era tão diplomática que conseguia ser amiga dos dois inimigos figadais.