Autor: Euler de França Belém

Milan Kundera: o esquecimento é uma forma de morte

Milan Kundera: o esquecimento é uma forma de morte

Milan Kundera (1929-2023) é um escritor poderoso, mas a fama, que não cultivava, parece tê-lo prejudicado de alguma maneira. Se tivesse se tornado um escritor cult, de nichos culturais, talvez a Academia Sueca tivesse lhe concedido o Prêmio Nobel de Literatura. “A Insustentável Leveza do Ser”, um romance magnífico, o pôs na crista da onda. Ganhou dinheiro, o livro foi adaptado para o cinema, com sucesso. Mas talvez não lhe tenha dado respeitabilidade.

Geoffrey Hinton afirma que a inteligência artificial é um risco para a humanidade

Geoffrey Hinton afirma que a inteligência artificial é um risco para a humanidade

A inteligência artificial é incontornável e, possivelmente, incontrolável. Nem uma “polícia” e uma “Justiça” tecnologicamente refinadas teriam instrumentos técnicos adequados para monitorar integralmente as ações das big techs. Por isso, é fundamental que as melhores universidades globais se mantenham atentas ao que está acontecendo. Porque delas virão, certamente, as melhores sugestões para proteger os cidadãos, inclusive os que avaliam que não precisam de proteção alguma, mas, um dia, vão precisar.

Martin Amis morre, aos 73 anos, de câncer

Martin Amis morre, aos 73 anos, de câncer

O escritor britânico Martin Amis morreu na sexta-feira, 19, nos Estados Unidos. O prosador, de 73 anos, tinha câncer no esófago. A informação foi confirmada pela mulher de Martin Amis, a escritora uruguaia Isabel Fonseca. Martin Amis escreveu 15 romances, além de memórias e ensaios. Era um amigo de Ian McEwan e Christopher Hitchens (que também morreu de câncer, aos 62 anos).

Obra-prima de Alejo Carpentier ganha nova tradução

Obra-prima de Alejo Carpentier ganha nova tradução

A literatura de Alejo Carpentier nada tem a ver com sua adesão — por sobrevivência, quem sabe — à ditadura cubana. Não há uma gota de realismo socialista na sua prosa, ao menos nos seus livros mais relevantes. Tenho a impressão de que escapou da vigilância da sanha censória da dinastia Castro porque sua literatura era “para poucos”. O que importava ao ditador era o apoio político público, sem restrições. E isto o autor de “O Recurso do Método” não se recusou a dar.