Autor: Euler de França Belém

Carta de Brás Cubas ao presidente Bolsonaro

Carta de Brás Cubas ao presidente Bolsonaro

Capitain, old master, espero que não perceba desrespeito na minha linguagem algo modernista. Morri 14 anos antes da Semana de Arte Moderna, mas não sei se será vaidade sugerir que, mesmo assim, permaneço mais moderno do que a maioria dos escritores ditos modernistas, como Graça Aranha (nada mais tradicional, oh, bom Deus!), Mário de Andrade e Oswaldo de Andrade.

A brutal história do poeta que Stálin matou

A brutal história do poeta que Stálin matou

O gigante Stálin, no enfrentamento com o julgamento histórico, hoje é anão. Mandelstam, que era pequeno (até no físico), agora é um gigante. E, quanto mais passa o tempo, Stálin vai ficando ainda menor e Mandelstam, cada vez maior. Os ditadores, que devoram os homens que resistem, acabam por serem devorados pela história.

A história de um grande amor que derrotou o stalinismo na União Soviética

A história de um grande amor que derrotou o stalinismo na União Soviética

O historiador britânico Orlando Figes, ao visitar o Memorial, em Moscou, decidiu examinar o conteúdo de três baús. No menor, descobriu 1246 cartas trocadas entre os jovens Lev Glebovich Mishchenko e Svetlana (Sveta) Alexandrovna, durante oito anos e meio, de 1946 a 1954. Eram cartas de amor. Lev estava em Pechora, um campo de trabalho forçado, no Círculo Ártico, onde cumpria uma pena de dez anos sob acusação, falsa, de que havia espionado para os alemães durante a Segunda Guerra Mundial.

Texto inédito de Jorge Luis Borges

A história não foi escrita para consumo próprio. Borges queria vê-la publicada, até, quem sabe, para ressaltar o caráter, digamos, “aventureiro” de sua família, dando-lhe um sentimento de pertencimento à história da Argentina (Borges é argentiníssimo, mas há quem o perceba como um escritor e aristocrata inglês que, por acaso, nasceu na Argentina).