Autor: Euler de França Belém

O primeiro parágrafo dos 10 melhores livros de Philip Roth

O escritor americano Philip Milton Roth morreu em 2018, aos 85 anos. A perda do homem é grande, mas fica sua vasta e excelente obra. Frise-se que estava concluída, ele não estava mais escrevendo ou pelo menos havia desistido de publicar, desde o romance “Nêmesis”. Fala-se sempre que não ganhou o Nobel de Literatura, ao contrário de seu inspirador, Saul Bellow

Julio Cortázar vale muito mais do que 270 reais

O maior inimigo do livro no Brasil não é o imperador bárbaro Messias, dito Jair Bolsonaro, também conhecido, no Palácio do Planalto, como “Zero à Esquerda”. Tampouco é Paulo “Imposto” Guedes, conhecido, em Chicago e adjacências, como Posto Tabajara. O maior inimigo do livro no Brasil é seu preço — muito elevado. O que decorre, por vezes, das pequenas tiragens.

Ney Matogrosso: um mestre sem discípulos

Ney Matogrosso: um mestre sem discípulos

Ney Matogrosso canta muitíssimo bem, com uma voz que, sem deixar de ser masculina, aproxima-se da feminina. Mas o que importa mesmo é que, quando canta, a música passa a ser sua, porque a interpreta de modo diferente da versão convencional. Não há um Ney Matogrosso “standard”. Música, quando passa pela sua boca, deixa em parte de ser de quem a fez e passa a ser também do artista.

Joelmir Beting: o simples sofisticado

Joelmir Beting: o simples sofisticado

Ao lado de Paulo Henrique Amorim, Marco Antônio Rocha e Lillian Witte Fibe, o paulista Joelmir Beting (1936-2012 — viveu 75 anos) brilhou no jornalismo de economia da televisão brasileira — e se tornou um rei sem sucessor (há, talvez, uma rainha — Mara Luquet). Como entendia mesmo do metier, com capacidade para discutir com qualquer economista chicago-boy, Joelmir não dava palpite.

Jorge Luis Borges diz que poemas de amor de Neruda são fracos e que a chilena Gabriela Mistral era medíocre

“A História É Amarela — Uma Antologia de 50 Entrevistas da Mais Prestigiosa Seção da Imprensa Brasileira” (Editora Abril, 326 páginas) reúne diálogos com Nelson Rodrigues, Salvador Dalí, João Gilberto, Octavio Paz, Sergio Buarque de Holanda, Gabriel García Márquez, Carlos Drummond de Andrade, Gilberto Freyre, Tom Jobim, João Cabral de Melo Neto, Mario Vargas Llosa, Thomas Piketty, entre outros. O poeta e prosador Jorge Luis Borges foi entrevistado, em setembro de 1980 — seis anos antes de morrer, em 1986, na Suíça —, pelo jornalista Alessandro Porro (morreu em 2003).