Autor: Enio Vieira

O politicamente correto e seus descontentes

Chega a ser cômico e um pouco assustador ao mesmo tempo. As livrarias físicas e virtuais no Brasil foram invadidas, nos últimos anos, por guias e manuais com a defesa do chamado “politicamente incorreto”. Os conteúdos se aproximam do humor, teorias mirabolantes e informações duvidosas, mas são vendidos com toda a seriedade para multidões de leitores. Uma loja virtual oferece, por exemplo, um kit de oito desses livros por 379 reais. Estamos diante de um fenômeno de massas e rentável para as editoras.

O mundo e o Brasil das nuvens de poeira

O mundo e o Brasil das nuvens de poeira

O Brasil de 2021 está imitando as cenas iniciais do filme “Interestelar” (2014), de Christopher Nolan. Nos estados agrícolas do centro-sul brasileiro, a terra vermelha e desmatada para o plantio é varrida por ventos de cerca de 100 quilômetros por hora. Há uma ausência crônica de chuvas — traduzida para o nome técnico de crise hídrica.

Monteiro Lobato criou a filósofa Emília

Monteiro Lobato criou a filósofa Emília

Gilberto Gil cantou que a boneca de pano e o sabugo de milho eram gente no Sítio do Pica-pau Amarelo. Pensavam para além dos humanos, naquele local que é um Brasil em miniatura, onde se sonha com o futuro baseado nos frutos da terra (plantas, minérios). Mais à superfície, está o microcosmo criado pelo antimoderno convicto Monteiro Lobato (1882-1948).

Seinfeld na Netflix: a arte de fazer piada sobre o nada

Seinfeld na Netflix: a arte de fazer piada sobre o nada

A Netflix agora é a casa definitiva do comediante norte-americano Jerry Seinfeld. As nove temporadas do seriado “Seinfeld” foram exibidas de 1989 a 1997 e estão agora na íntegra na plataforma de streaming. Também podem ser vistos shows, documentários e a série “Comedians in cars getting coffee”, no qual o ator passeia de carro com grandes nomes da comédia nos Estados Unidos — com exceção do episódio do encontro com o presidente Barack Obama, na Casa Branca.

25 anos sem Renato Russo, o poeta que cantou a esperança dispersa do Brasil

25 anos sem Renato Russo, o poeta que cantou a esperança dispersa do Brasil

Uma notícia surpreendeu o país inteiro há 25 anos, sobretudo os fãs de rock brasileiro. No Rio de Janeiro, havia morrido Renato Russo, líder do grupo de rock Legião Urbana. A causa foi o então temido vírus do HIV. Não funcionou o coquetel de remédios lançado naquela época para conter o avanço da Aids. Se houvesse redes sociais naquele dia 11 de outubro de 1996, a informação sobre o cantor teria quebrado o Twitter e derrubado a WhatsApp por conta do volume de postagens e mensagens.