Autor: Enio Vieira

O mundo e o Brasil das nuvens de poeira

O mundo e o Brasil das nuvens de poeira

O Brasil de 2021 está imitando as cenas iniciais do filme “Interestelar” (2014), de Christopher Nolan. Nos estados agrícolas do centro-sul brasileiro, a terra vermelha e desmatada para o plantio é varrida por ventos de cerca de 100 quilômetros por hora. Há uma ausência crônica de chuvas — traduzida para o nome técnico de crise hídrica.

Monteiro Lobato criou a filósofa Emília

Monteiro Lobato criou a filósofa Emília

Gilberto Gil cantou que a boneca de pano e o sabugo de milho eram gente no Sítio do Pica-pau Amarelo. Pensavam para além dos humanos, naquele local que é um Brasil em miniatura, onde se sonha com o futuro baseado nos frutos da terra (plantas, minérios). Mais à superfície, está o microcosmo criado pelo antimoderno convicto Monteiro Lobato (1882-1948).

Seinfeld na Netflix: a arte de fazer piada sobre o nada

Seinfeld na Netflix: a arte de fazer piada sobre o nada

A Netflix agora é a casa definitiva do comediante norte-americano Jerry Seinfeld. As nove temporadas do seriado “Seinfeld” foram exibidas de 1989 a 1997 e estão agora na íntegra na plataforma de streaming. Também podem ser vistos shows, documentários e a série “Comedians in cars getting coffee”, no qual o ator passeia de carro com grandes nomes da comédia nos Estados Unidos — com exceção do episódio do encontro com o presidente Barack Obama, na Casa Branca.

25 anos sem Renato Russo, o poeta que cantou a esperança dispersa do Brasil

25 anos sem Renato Russo, o poeta que cantou a esperança dispersa do Brasil

Uma notícia surpreendeu o país inteiro há 25 anos, sobretudo os fãs de rock brasileiro. No Rio de Janeiro, havia morrido Renato Russo, líder do grupo de rock Legião Urbana. A causa foi o então temido vírus do HIV. Não funcionou o coquetel de remédios lançado naquela época para conter o avanço da Aids. Se houvesse redes sociais naquele dia 11 de outubro de 1996, a informação sobre o cantor teria quebrado o Twitter e derrubado a WhatsApp por conta do volume de postagens e mensagens.

Com Abdulrazak Gurnah, o Nobel de 2021 valoriza a literatura pós-colonial

O ganhador do Nobel de Literatura de 2021 é o escritor Abdulrazak Gurnah. De novo, a escolha da Academia Sueca surpreendeu os especialistas e o público, mas tem o mérito de chamar a atenção para um romancista que merece ser mais lido no mundo. Não existem livros editados no Brasil desse autor nascido na Tanzânia, em 1943, e residente desde os anos 1960 na Inglaterra, onde leciona na Universidade de Kent.