Autor: Enio Vieira

Precisamos falar sobre o cinema de mexicanos, argentinos e brasileiros Kimberley French / 20th Century Studios

Precisamos falar sobre o cinema de mexicanos, argentinos e brasileiros

Os brasileiros criaram ao longo de décadas uma série de imagens distorcidas a respeito dos vizinhos hispânicos e de si mesmos. Os mal-entendidos aparecem na política, no esporte e, também, no debate cultural. Se uma história qualquer no cinema ou na televisão é ruim, a conclusão é que se trata de uma “novela mexicana”. Os argentinos são vistos como padrão de excelência por conta de meia dúzia de filmes. Na mesma área, a fama do Brasil é a pior possível, pois seríamos inaptos e ruins de nascença para contar histórias cinematográficas.

Em livro de contos, Chico Buarque desvenda o presente sinistro

Em livro de contos, Chico Buarque desvenda o presente sinistro

Como tem sido frequente, Chico Buarque apareceu este ano sem avisar com um livro novo, “Anos de Chumbo e Outros Contos”. É mais uma obra para incomodar e trazer o olhar perplexo do autor para as coisas do mundo e do Brasil. Não há refresco para leitores e leitoras nas oito histórias que viram de cabeça para baixo o presente do país, incluindo o tema da pandemia. Tudo isso na forma buarqueana de escrever prosa, já conhecida desde o romance “Estorvo” — que está com nova edição comemorativa de 30 anos.

Quem tem medo de Felipe Neto e Anitta?

Quem tem medo de Felipe Neto e Anitta?

Quando se faz análise de dados (big data) sobre política brasileira no Twitter, a surpresa está na presença de novos personagens e inúmeras bolhas de perfis. Mais especificamente aparece uma figura que faz uma ponte única entre o público de estudantes e jovens com os partidos e seus políticos. Trata-se do youtuber Felipe Neto, que é lido e interage com esses dois nichos completamente divorciados. O que mais surpreende ainda mais, são os números pertencentes a esse influenciador de videogames.

A música ficou menor, morreu Nelson Freire

A música ficou menor, morreu Nelson Freire

Na terra da canção popular, surgiu um menino na década de 1950 que saiu do interior de Minas Gerais e assombrou o mundo na música erudita. A elegância discreta se juntava ao modo perfeito de executar as peças para piano de Chopin e Debussy. Nelson Freire morreu na véspera do Dia dos Mortos deste ano e deixou uma obra de piano que, graças às plataformas de streaming como o Spotify, pode ser apreciada na íntegra.