Autor: Enio Vieira

Como escrever um livro campeão de vendas

Como escrever um livro campeão de vendas

Um dos mistérios no mercado cultural é a criação de uma obra (livro, filme, disco) que tenha grande aceitação de público e, consequentemente, renda alto volume de vendas. Foi pensando nesse enigma permanente que os pesquisadores Jodie Archer e Matthews L. Jockers fizeram um experimento com inteligência artificial de computadores: descobrir a anatomia dos livros que chegaram nos últimos 30 anos ao topo da lista de mais vendidos, elaborada pelo jornal “The New York Times”.

Em “A Extinção das Abelhas”, Natália Borges Polesso pensa a vida após o colapso

Em “A Extinção das Abelhas”, Natália Borges Polesso pensa a vida após o colapso

Um dos destaques dos últimos anos é a ficção que trata das catástrofes, colapsos, apocalipses e distopias. Com a pandemia de Covid-19, caiu de vez a ficha: o ser humano pode desaparecer antes do fim do planeta Terra. Essa é uma percepção muito presente em romances brasileiros lançados no ano de 2021 e, também, em filmes. A discussão antes acadêmica e especulativa virou objeto concreto de produtos culturais.

Chile dos livros e das ruas

Chile dos livros e das ruas

Uma série de traduções trouxe em 2021 novidades da literatura chilena para o Brasil. Diamela Eltit, Nona Fernández e Alejandro Zambra tiveram obras lançadas no mercado brasileiro. Esse movimento oferece mais trabalhos de escritores e escritoras fundamentais da atualidade e coincide com a energia política que sacudiu as ruas do Chile nos últimos anos. Os chilenos preparam atualmente o processo para elaborar uma nova Constituição do país, o que pode mudar os rumos do continente.

Paolo Sorrentino e a busca dos afetos perdidos Gianni Fiorito / Netflix

Paolo Sorrentino e a busca dos afetos perdidos

Saiu finalmente em 2021 o tão aguardado filme “A Mão de Deus”, do diretor italiano Paolo Sorrentino, já no catálogo da Netflix. É mais uma obra com as obsessões do cineasta em torno da memória, afetos, banalidade da vida moderna e, evidentemente, a paixão pelo futebol. Assim como em “Juventude” (2015), a figura do jogador Maradona aparece no centro da tela, assume uma aura sagrada e é um dos eixos das variadas tramas criadas por Sorrentino — um dos últimos realizadores com pretensões autorais de artista.