Autor: Enio Vieira

A cultura da Inglaterra em duas cores: reggae, punks e romance pós-colonial Foto / Jane Simon

A cultura da Inglaterra em duas cores: reggae, punks e romance pós-colonial

O Caribe é esse outro mundo tão distante e tão presente na história da Inglaterra. É um universo de culturas complexas e riquíssimas, forjado a partir de ilhas que foram, em grande parte, colônias inglesas, francesas e holandesas. Para os britânicos, a chegada dos caribenhos à Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial simbolizou não só a mudança ou começo do fim de um Império, mas também a presença local de um legado cujos ecos se fazem sentir até hoje na música e na literatura.

Meio do Céu: coral de vozes dissonantes

Meio do Céu: coral de vozes dissonantes

Uma forma de escrita vem ganhando mais espaço ao enfrentar os desafios para contar histórias na atualidade. Ela responde à questão de como se pode narrar hoje e como expor uma realidade complexa e confusa. Saem de cena o tradicional narrador em primeira pessoa e também aquele em terceira pessoa. As histórias passam a ser montadas por meio de várias vozes que remetem ao teatro, evidentemente, e a um tipo novo de prosa.

Beatriz Sarlo decifrou o tempo presente, o passado e imaginou o futuro

Beatriz Sarlo decifrou o tempo presente, o passado e imaginou o futuro

Mesmo que uma idade avançada indique a proximidade do fim, é surpreendente receber a notícia da morte de uma pessoa admirável. Aos 82 anos, Beatriz Sarlo morreu na sua Buenos Aires. Como vamos agora entender a cultura, a literatura e a política da Argentina sem ela? Justamente sem a pensadora crítica que se dispunha a descer do pedestal dos intelectuais e participava dos mais doidos talk shows da televisão e dos podcasts locais. Ela pegava o presente pelos chifres para entendê-lo.

Ainda Estou Aqui: o que o Brasil poderia ter sido Divulgação / Alile Dara Onawale

Ainda Estou Aqui: o que o Brasil poderia ter sido

Em tempos de polarização e memórias fragmentadas, um filme resgata a trajetória de uma família que simboliza resistência, luto e esperança. Com uma narrativa sensível e sem pressa, a obra reflete sobre os traumas do passado, os ecos do presente e o que o país poderia ter sido. Mais do que uma história pessoal, é um convite para revisitar um período que ainda molda a sociedade brasileira.

A filosofia negativa do Radiohead Foto / Christian Bertrand

A filosofia negativa do Radiohead

Desde o surgimento em Oxford nos anos 1990, o Radiohead redefiniu o conceito de banda de rock ao aliar experimentação sonora, reflexões culturais e uma postura crítica diante do mundo. Liderado por Thom Yorke, o grupo é conhecido por seu pessimismo produtivo, criando uma música que dialoga com as angústias e incertezas contemporâneas. O impacto global da banda conecta influências inesperadas, como a cultura brasileira e a filosofia negativa, em um terreno fértil para pensamento e resistência. Essa trajetória torna o Radiohead um símbolo único de criatividade, ética e relevância no cenário musical.