Guimarães Rosa e o “espírito bandeirante”
As grandes ficções permitem as mais variadas leituras. Quanto melhor o romance, maior o número de formas de interpretação dele. O livro “Grande Sertão: Veredas” (1956), de Guimarães Rosa, é uma dessas obras que se enriquecem pela multiplicidade de pontos de vista, indo das questões estéticas às históricas, passando por esoterismo e tradições populares. Nos últimos anos, cresceram as abordagens sobre o que a escrita rosiana diz a respeito das coisas do mundo e da “matéria brasileira”.