Autor: Enio Vieira

Antonio Candido e a vontade brasileira de ter uma literatura e um país Renato Parada / Todavia

Antonio Candido e a vontade brasileira de ter uma literatura e um país

A editora Todavia iniciou neste ano a reedição da obra completa de Antonio Candido (1918-2017). Além de estudioso da literatura, ele foi um dos grandes intérpretes do Brasil, ao lado do trio célebre formado por Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Jr. Até o ano que vem, serão editados os 17 volumes de uma trajetória inigualável nos campos da cultura e da política. Para leitores e leitoras, é a oportunidade de reler ou de conhecer um dos maiores escritores brasileiros do século 20. 

O som e as memórias de Bono do U2

O som e as memórias de Bono do U2

A escrita do livro é a voz de Bono em tom baixo e bem distante dos berros nos refrões de músicas como “Pride (in the name of love)”. Trata-se de uma conversa ao pé do ouvido do leitor ou da leitora. Cada um dos 40 capítulos traz o título de uma música conhecida do U2. Ficamos sabendo, por exemplo, que a canção “Cedarwood road” se refere à rua onde ele morava em Dublin, na Irlanda, com o pai e o irmão. Já “Iris (hold me close)” foi a homenagem à mãe que morreu quando ele tinha 14 anos.

Milan Kundera e a leveza moderna

Milan Kundera e a leveza moderna

Faz 40 anos que o mundo tomou conhecimento definitivo de um criador importante do universo centro-europeu. Trata-se do tcheco Milan Kundera (hoje cidadão francês), que se tornou fenômeno global com o romance “A Insustentável Leveza do Ser” (1982). No Brasil saindo de uma ditadura, o livro ocupou por anos o topo da lista de mais vendidos. Todos e todas liam no começo dos anos 1980 a obra que misturava as temáticas do sexo e da política, no momento que começava a visão da “modernidade líquida”.

Os homens de Machado de Assis

Os homens de Machado de Assis

Brás Cubas, Bentinho, Cristiano Palha, Conselheiro Aires. Para quem não conhece ou não se lembra, eles são personagens da chamada “segunda fase” da ficção de Machado de Assis, iniciada com as “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881). Foi algo como um estalo: os livros machadianos passaram, de repente, a ser narrados em primeira pessoa, de forma desabusada, sarcástica, nada confiável e livre. Figuras para fazer alegorias e ironizar a situação da época. Resultado: tais narrativas apontaram para o modernismo literário do século 20 e trouxeram uma visão nova sobre o Brasil.

As histórias de Patti Smith e Sam Shepard

As histórias de Patti Smith e Sam Shepard

Foi um encontro almas, daqueles que duram pela vida inteira. Por volta de 1970 ou 1971, a jovem Patti Lee (anos depois Smith) assistiu ao show de uma bandinha chamada Holy Modal Rounders, em Nova York. Ficou fascinada pela beleza do baterista. Ao ver o rapaz cantando, ela pensou: “Aí está um cara que encarna de corpo e alma o rock and roll”. Foi apresentada ao final da apresentação para Slim Shadow, o sujeito da bateria.