Autor: Enio Vieira

Notas sobre Pedro Páramo, de Juan Rulfo

Notas sobre Pedro Páramo, de Juan Rulfo

Muita gente considera o romance “Pedro Páramo” (1955), de Juan Rulfo, um clássico da literatura mundial e de todos os tempos. Mas se trata de um livro bem diferente de outras obras consideradas sagradas. Mereceria até outro tratamento. Uma provocação a ser feita: dessacralizar a narrativa do autor mexicano e fazer uma leitura profanadora. Também deve-se retirar o rótulo de obra universal, além de eliminar obviamente a ideia de ser um clássico que uma pessoa deve conhecer de qualquer jeito.

A série da Netflix que faz uma releitura de ‘O Poderoso Chefão’

A série da Netflix que faz uma releitura de ‘O Poderoso Chefão’

Em um cenário de paisagens imponentes e conflitos implacáveis, uma família luta para preservar seu império contra inimigos de todos os lados. Entre a tradição e a modernidade, o embate se desenha entre especuladores, indígenas e uma dinastia determinada a não ceder. O patriarca, à frente de tudo, governa com mão de ferro, disposto a cruzar qualquer limite para proteger o que é seu. A disputa vai além da terra — é uma batalha pela identidade e pelo futuro. E, no fundo, tudo se resume a um único princípio: poder.

A cultura da Inglaterra em duas cores: reggae, punks e romance pós-colonial Foto / Jane Simon

A cultura da Inglaterra em duas cores: reggae, punks e romance pós-colonial

O Caribe é esse outro mundo tão distante e tão presente na história da Inglaterra. É um universo de culturas complexas e riquíssimas, forjado a partir de ilhas que foram, em grande parte, colônias inglesas, francesas e holandesas. Para os britânicos, a chegada dos caribenhos à Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial simbolizou não só a mudança ou começo do fim de um Império, mas também a presença local de um legado cujos ecos se fazem sentir até hoje na música e na literatura.

Meio do Céu: coral de vozes dissonantes

Meio do Céu: coral de vozes dissonantes

Uma forma de escrita vem ganhando mais espaço ao enfrentar os desafios para contar histórias na atualidade. Ela responde à questão de como se pode narrar hoje e como expor uma realidade complexa e confusa. Saem de cena o tradicional narrador em primeira pessoa e também aquele em terceira pessoa. As histórias passam a ser montadas por meio de várias vozes que remetem ao teatro, evidentemente, e a um tipo novo de prosa.

Beatriz Sarlo decifrou o tempo presente, o passado e imaginou o futuro

Beatriz Sarlo decifrou o tempo presente, o passado e imaginou o futuro

Mesmo que uma idade avançada indique a proximidade do fim, é surpreendente receber a notícia da morte de uma pessoa admirável. Aos 82 anos, Beatriz Sarlo morreu na sua Buenos Aires. Como vamos agora entender a cultura, a literatura e a política da Argentina sem ela? Justamente sem a pensadora crítica que se dispunha a descer do pedestal dos intelectuais e participava dos mais doidos talk shows da televisão e dos podcasts locais. Ela pegava o presente pelos chifres para entendê-lo.