Autor: Edival Lourenço

O homem da Idade do Plástico Ales Utouka / Dreamstime

O homem da Idade do Plástico

A Revolução Industrial, a qual sentimos muito próxima de nós, se deu com a liga de ferro e carbono, que vai se firmando como a Idade do Aço. Hoje vivemos um tempo de ligas impensáveis para nossos antecedentes. Mas a liga dominante, creio, é a de plástico, uma liga orgânica de uso infinito, retirada do petróleo pelo processo de craqueamento. Talvez estejamos vivendo a Idade do Plástico, que é uma liga ubíqua: está em tudo e em toda parte.

O medo de morrer nos mata por antecipação

O medo de morrer nos mata por antecipação

Toda atividade humana tem como função básica livrar-se das garras da morte. É para não morrer que a gente dorme, que a gente se levanta, que a gente ama, que a gente estuda, trabalha, xinga, blasfema, reza ladainhas, faz discurso na praça, arruma um ponto de mínimo conforto nas engrenagens da sociedade e acaba por constituir um diferencial, uma persona, uma identidade única no meio de tantas criaturas semelhantes.

Deus não nos salvará, mas morrerá conosco

Deus não nos salvará, mas morrerá conosco

Segundo a hipótese mais aceita nos meios científicos, a vida teria surgido há cerca de 3,5 bilhões de anos, possivelmente em algum lugar da Terra. Ou mesmo em algum planeta de um sistema próximo (em termos cosmológicos) e pode ter vindo parar aqui na garupa de estilhaços retirados de algum corpo celeste por cataclismos de dimensões interestelares. Deduz-se que a vida começou em um ambiente singular, cujas características o Homo sapiens ainda não logrou reconstituir e entabular uns serezinhos animados para concorrer aos já existentes.

Deus inútil e ciência ineficaz

Deus inútil e ciência ineficaz

Ao que parece, não é de hoje que a inteligência da espécie está irremediavelmente eivada de equívocos e prisioneira de enganos vários, que tendem a se aprofundar à medida que a civilização avança. Na verdade, o homem precisa reconhecer a sua pequenez no mundo, apear de sua arrogância, e viver a sua saga com a alegria e o encantamento possível.

A fauna dos ridículos

A fauna dos ridículos

Antes das pirâmides e depois delas, a História tem sido tracionada muito mais pelos delírios humanos do que mesmo pela nossa propalada razão. Temos a superstição de que somos predestinados a conquistar a Terra, comer a fruta e chupar a caroço, aprontar um regaço e fazer um oco, e ainda saltar fora como a borboleta cintilante com seus vidrilhos e lantejoulas, abandonando a pupa gosmenta e repugnante.