Autor: Eberth Vêncio

Estenda um tapete vermelho para o amor entrar

Estenda um tapete vermelho para o amor entrar

A solidão nos ensina a enxergar melhor as coisas. Por causa do isolamento, a casa ficava entregue aos seus devaneios literários e aos latidos da cadelinha que enterrava meias no jardim. Embora estivesse mais próximo da morte do que o pequeno canídeo, sofria, bestamente, imaginando o que seria dele quando o bichinho desencarnasse. Adorava picanha mal passada. Acreditava que cães possuíam almas. Apreciava conversar com as pessoas.

Receita de felicidade para quem já cansou de complicar a própria vida

Receita de felicidade para quem já cansou de complicar a própria vida

Primeiramente, é fundamental escolher bem os ingredientes. Não vai fazer uma receita contando com qualquer pessoa, senão a felicidade não cresce. Pegue as pessoas. Misture bem as pessoas, a esmo, ao léu, com muito cuidado e gentileza, sem preconceitos de raça, casta, religião e gênero. Acrescente um bocado de calor humano, aos poucos, com sinceridade. Quebre o gelo com pitadas de sol.

Os 10 maiores cantores da história do rock

Sabe por que gostamos, por que insistimos, por que temos fetiche em publicar listas com os melhores (e os piores também) em música, cinema e literatura? Porque somos enxeridos, porque gosto se discute, sim, e achamos os debates acalorados simplesmente deliciosos. Se formos xingados, então, a gente até goza.

Explodiu o Congresso Nacional e foi ao cinema

Montado na cela da ignorância gramatical, valendo-me tão somente da luz triste que luzia dos meus olhos escavados, eu furava a ponta dos dedos com uma ferpa-mestre, revezando as mãos para aquele sacrifício em prol da nação, um ato de bravura que consistia em deixar o sangue vazar, escorrer, pingar minimamente sobre a brancura límpida de um guardanapo. Foi nele, por exemplo, que concebi esse texto. Minha caneta era um palito de fósforo. O sangue fervia, servia bem como tinta.

Mulher Maravilha desabafa: “Vida de mulher é uma droga”

Mulher Maravilha desabafa: “Vida de mulher é uma droga”

Desconfio que, por pura pirraça, fui intimidado, intimado pelo meu editor na Revista Bula a tomar um banho, cortar as unhas, fazer a mala e viajar para a Califórnia, a fim de entrevistar a Mulher Maravilha. Uma vez que não possuo cotas na Revista, não sou filho de ricos, não sou deputado federal, não sou dono de frigoríficos, não faço esquemas e ando bastante ressabiado por causa da galopante onda de desemprego que assola o Brasil, aceitei a missão, imbuído de pavor e da maior má vontade possível.