Autor: Eberth Vêncio

Não há mais vagas no céu para crianças que viram estrelinhas

Não há mais vagas no céu para crianças que viram estrelinhas

Caminhamos, sob anseios seculares, singulares, sem saber aonde é que isso tudo vai dar, se no oco vazio do peito ou na dança frenética das jugulares. Que os bons ares me traguem. Preciso, urgentemente, ser fumado. Dúvidas… Que me valham as dúvidas. Por elas, tragado até a guimba, eu sobrevivo, mais aceso do que nunca. Eu digo e repito: Nada disso é real.

Se vai pular o carnaval, não leia este texto

Se vai pular o carnaval, não leia este texto

À parte da embriaguez nauseante, do vapor fumegante da ureia nos becos, da trilha sonora de gosto discutível, das mãos bobas bancando as espertas, o que mais me surpreende nessa folia com doses cavalares é o exagero, a extravagância, o desligamento automático e massivo das massas cinzentas durante os quatro dias de feriadão (no mínimo), como se o país já fosse uma nação.