Autor: Eberth Vêncio

Matando cachorro a grito e a cacete de ferro

Matando cachorro a grito e a cacete de ferro

Não sou muito afeito a falar a verdade, mas, o fato é que a poesia não me afeta. Eu amo a mulher, criatura abjeta. Eu bato em mulher com os punhos cerrados, porrada na dose certa. Eu mato mulher quando erro a mão num mero acidente de percurso que sequer me desconcerta. Eu com certeza meto a colher em briga de casal até engrossar o caldo.

Ela canta, dança e se automutila

Ela canta, dança e se automutila

Louca varrida. Criança oferecida. Escória. Inúmeras vezes, Camila já se adjetivou, impropriamente, sentindo-se culpada, suja, pensando em se matar. As câmaras frias dos necrotérios estão lotadas de gente que tinha o sangue quente. Ela ama a vida. Ela odeia a própria vida. São poucos os que compreendem tais sentimentos antagônicos. Muitos sequer conhecem o significado do vernáculo.

Matam-se poetas. Tratar aqui mesmo

Matam-se poetas. Tratar aqui mesmo

Anúncios desclassificados a quem interessar possam: Aluga-se um coração vazio, em regular estado de conservação. Solicita-se ligar somente os desinteressados. Precisa-se, com urgência, de pessoas com sangue nos olhos. Qualquer tipo serve, desde que não seja azul. Troca-se um 38 por um 69. Necessita-se de amor, urgente.

Bohemian Rhapsody: Freddie Mercury merecia mais

Bohemian Rhapsody: Freddie Mercury merecia mais

Eu ansiava por uma cinebiografia arrebatadora e retumbante, como são os excelentes “Ray” (do diretor Taylor Hackford, que retrata a vida do incensado Ray Charles) e “The Doors” (do diretor Oliver Stone, que conta a trajetória do genial Jim Morrison e seus comparsas musicais). Receio que eu tenha ido com demasiada sede ao pote. Sinto que faltou profundidade ao filme, como deve estar faltando também a esta minha crônica.