A fantástica entrevista com o papa
O combinado com os assessores papais era que o papai aqui falaria com o pontífice após a santa missa em Aparecida do Norte. Então, catei o meu saco de pipocas tamanho dois reais (portas de igrejas que não possuam pipoqueiros, cachorros decadentes, ou pombos defecando, simplesmente não merecem a menor consideração deste energúmeno que vos fala, ou melhor, vos escreve) e arrumei um cantinho no enorme templo, embaixo de uma santa cuja vela de sete dias fumegava e, de tempos em tempos, gotejava cera quente sobre a minha careca, especialmente quando os meus pensamentos se desprendiam da cerimônia rumo às “pernas de louça da moça que passa e eu não posso pegar”.