Autor: David Mandelbaum

George Orwell explica por que escrevemos

George Orwell explica por que escrevemos

Em 1946, na quarta e última edição da “Gangrel”, os editores J.B.Pick e Charles Neil solicitaram a alguns escritores que explicassem as razões que os fizeram escrever. Orwell respondeu com o envio do ensaio “Por que escrevo”. Eram onze páginas que logo se tornaram clássicas — e que, por si só, justificaram a existência da Gangrel. Nele, o autor de “A Fazenda dos Animais” revela que desde muito pequeno sabia que devia se tornar um escritor.

O livro que Emil Cioran escreveu para não se suicidar

O livro que Emil Cioran escreveu para não se suicidar

Emil Cioran, um dos filósofos mais pessimistas a caminhar sobre a terra, escreveu “Nos Cumes do Desespero” em 1933, aos 22 anos, época em que ainda vivia na barroca Sibiu, capital do extinto Principado da Transilvânia. A obra foi concebida em meio às crises de insônia que atormentariam o autor até seus últimos dias em junho de 1995. O caminhar foi uma solução que o escritor encontrou para impedir que a insônia o enlouquecesse.

O filme, ovacionado por dez minutos no Festival de Cinema de Veneza, está no Prime Video Divulgação / Elite Filmes

O filme, ovacionado por dez minutos no Festival de Cinema de Veneza, está no Prime Video

Certos acontecimentos na vida de uma pessoa são tão brutais que a levam a não desejar nada além de uma dose generosa de cianeto. Por sorte, essa não foi a escolha do protagonista de “O Pássaro Pintado”. Baseado no romance homônimo de Jerzy Kosiński (1965), o filme foi lançado em 2019, sob a direção de Václav Marhou, e relata a história de um menino judeu que é enviada por seus pais para a casa de uma tia em um lugar não definido do leste europeu, na esperança de poupá-lo do horror dos campos de concentração.

Nunca foi tão importante ler a Ilíada

Nunca foi tão importante ler a Ilíada

Este texto é um despropósito. A “Ilíada”, de Homero, certamente não precisa de apresentações, muito menos de uma chamada publicitária para convencer as pessoas a “darem uma chance”. A verdade é que o tempo vai passar, a Terra será engolida pelo Sol, a humanidade construirá casas de veraneio em Marte e, ainda assim, será possível escutar em algum rincão da galáxia, uma alma declamando: “Canta, ó Deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida”. A despeito disso, desejo aqui dizer algumas palavras sobre a epopeia homérica e sobre o benefício que sua leitura invariavelmente traz ao habitante deste século.

O futebol visto pelo buraco da fechadura Foto / Arquivo Público de São Paulo

O futebol visto pelo buraco da fechadura

Peço licença ao leitor para transportá-lo a um Brasil que já não existe mais. É 1955. Kubitschek é eleito presidente. Einstein acabou de morrer. Como todo mundo, você fuma um cigarro atrás do outro sem peso na consciência. E como todo mundo, você ainda tem na memória a derrota para o Uruguai na Copa de 50 que destruiu a autoestima da sua pátria. O ano já está terminando, é novembro.