Autor: Carlos Willian Leite

Pioneira da ficção científica e da fantasia sombria, Gertrude Barrows Bennett é finalmente publicada no Brasil

Pioneira da ficção científica e da fantasia sombria, Gertrude Barrows Bennett é finalmente publicada no Brasil

Oprimida pela sombra tirana do machismo, Gertrude Barrows Bennett, pioneira da ficção científica e da fantasia sombria, publicou durante toda a sua vida novelas e contos sob o pseudônimo “Francis Stevens”, na senda de outras autores que fizeram o mesmo (como Amandine Dupin, que assinava como George Sand) para se esquivarem da misoginia que sempre permeou o mercado editorial, sobretudo nos Estados Unidos do começo do século 20.

Bula de Livro: Os Irmãos Tanner, de Robert Walser

Bula de Livro: Os Irmãos Tanner, de Robert Walser

Com forte carga autobiográfica, “Os irmãos Tanner”, publicado em 1907, é o segundo romance do autor e conta a história de quatro irmãos excêntricos e peculiares que tomaram rumos completamente diferentes. A história é narrada por Simon Tanner, o mais jovem dos irmãos — culto e inteligente —, ele perambula por quartos alugados, trabalhos obscuros, relações viscerais, escolhas imperfeitas, que vão deixando rastros e desencanto.

Bula de Livro: Êxtase e Outros Contos, de Katherine Mansfield

Bula de Livro: Êxtase e Outros Contos, de Katherine Mansfield

Em poucas palavras: existem alguns livros que são obras de arte, mas, muitas vezes, isso se deve exclusivamente ao projeto gráfico. O novo lançamento da Antofágica, além de um projeto deslumbrante, alia-se a escrita encantadora, sutil, mas profundamente psicológica, de Katherine Mansfield.  O livro que reúne cinco contos, publicados entre 1921 e 1923, também traz textos críticos e ilustrações de Giulia Bianchi.

Bula de Livro: A Invasão do Povo do Espírito, de Juan Pablo Villalobos

Bula de Livro: A Invasão do Povo do Espírito, de Juan Pablo Villalobos

“A Invasão do Povo do Espírito”, do mexicano Juan Pablo Villalobos. Em poucas palavras: como fez em “Ninguém Precisa Acreditar em Mim”, Villalobos constrói um mundo absurdo, refletindo sobre temas polêmicos e utilizando o humor como arma, mas sem permitir que esse recurso se sobreponha à narrativa. Tudo é sutil, até mesmo o que é explicito: a corrupção, a xenofobia, a gentrificação, a homofobia…

Digno do Oscar, filme claustrofóbico e subestimado da Netflix vai tirar seu fôlego  Divulgação / Netflix

Digno do Oscar, filme claustrofóbico e subestimado da Netflix vai tirar seu fôlego 

Exposto a cenários de desgaste emocional, agravado pela necessidade de ofício de manter o respeito à hierarquia e às aparências, o personagem central está sempre sob o fogo cruzado da disciplina e da necessidade de imprimir alguma autenticidade a seu trabalho, tanto mais quando repara que pode ser útil de uma forma cujo alcance seus superiores não podem dimensionar.