Autor: Carlos Augusto Silva

George Eliot: gênio do feminino, para além do feminismo

George Eliot: gênio do feminino, para além do feminismo

Negar as especificidades de uma literatura feita por mulheres é fingir que a subjetividade feminina não esteve, e não está inserida em uma multiplicidade de injustiças históricas, culturais e estruturais. A literatura feminina, distinta da feminista, carrega nuances que transcendem ideologias, refletindo a condição da mulher ao longo da história. George Eliot, entre outras escritoras notáveis, ilustra essa rica trajetória com profundidade e análise do comportamento feminino.

Adélia Prado vence o Prêmio Machado de Assis de 2024. Bagagem, de 1976, ainda é seu opus magnum

Adélia Prado vence o Prêmio Machado de Assis de 2024. Bagagem, de 1976, ainda é seu opus magnum

O Prêmio Machado de Assis é a mais importante honraria concedida pela Academia Brasileira de Letras. Ele reconhece o conjunto da obra, além de oferecer ao premiado uma robusta quantia de 100 mil reais. A vencedora do ano de 2024 foi a poeta Adélia Prado, com 88 anos. Depois da morte de Ferreira Gullar, Adélia ocupa um lugar central na poesia brasileira, sendo a maior voz lírica viva de nossa poesia. Se não é a melhor, é ao menos a mais relevante.

Michel Houellebecq, em Submissão: distopia polêmica que pode nos melhorar como seres humanos

Michel Houellebecq, em Submissão: distopia polêmica que pode nos melhorar como seres humanos

Michel Houellebecq, um dos autores mais controversos da literatura contemporânea, traz em “Submissão” uma obra que desafia e provoca o leitor a refletir sobre o futuro da sociedade ocidental. Publicado em 2015, o romance causou um alvoroço não só pelo seu conteúdo audacioso, mas também pelo contexto político em que foi lançado. Ao narrar uma França governada por um partido islâmico, Houellebecq explora temas sensíveis como religião, política e identidade nacional. Esta obra não é apenas uma leitura intrigante, mas um convite à introspecção e ao debate sobre os rumos da civilização moderna.

Nos 100 anos de Bloomsday, pergunte-se: para que ler Ulysses, de James Joyce?

Nos 100 anos de Bloomsday, pergunte-se: para que ler Ulysses, de James Joyce?

O Bloomsday é uma celebração literária anual que homenageia o icônico escritor irlandês James Joyce e sua obra-prima, “Ulysses”. Comemorado em 16 de junho, a data marca o dia em que a ação do romance ocorre, em 1904, seguindo as aventuras de Leopold Bloom pelas ruas de Dublin. Este evento não apenas atrai entusiastas da literatura, mas também se destaca como o único feriado literário do mundo, sendo particularmente especial em Dublin. Desde os anos 1950, o Bloomsday evoluiu para uma festividade global, reunindo fãs de Joyce que participam de leituras públicas, passeios guiados e diversas atividades culturais.

Pio Vargas: modernidade e tradição

Pio Vargas: modernidade e tradição

A poesia de Pio Vargas é uma expressão genuína daquilo que Charles Baudelaire introduziu no ocidente: a temática, o modus operandi da construção poética da modernidade. O questionamento a respeito do comportamento do homem em um mundo no qual os valores são flutuantes, as realidades e convicções permanentemente mutantes, colocam-nos diante de um fazer poético que aparece mais como uma fotografia do que como uma pintura.