Autor: Carlos Augusto Silva

Hamlet: a profundidade e as origens do maior personagem da literatura ocidental

Hamlet: a profundidade e as origens do maior personagem da literatura ocidental

Poucas obras na história da literatura conseguiram capturar com tanta intensidade os dilemas da existência humana. Entre vingança e incerteza, o protagonista se vê preso em um conflito que ultrapassa a política e se torna uma reflexão sobre o ser e o não ser. Seu legado resiste ao tempo, inspirando filósofos, escritores e artistas ao longo dos séculos. A profundidade psicológica do personagem principal o transforma em um ícone universal da dúvida e do destino. Analisá-lo é mergulhar em um labirinto de questões que continuam a ecoar na consciência coletiva.

Quanta influência de Proust há em Cyro dos Anjos? Ilustração / Revista Bula

Quanta influência de Proust há em Cyro dos Anjos?

Na história da literatura, as influências entre autores de diferentes épocas e lugares são inevitáveis, refletindo a riqueza de diálogos que atravessam fronteiras e estilos. Todo grande escritor é, em alguma medida, herdeiro daqueles que vieram antes, seja por assimilação ou resistência. No caso dos autores modernos, essa troca se torna ainda mais evidente, à medida que o mundo literário se abre para novas linguagens e formas de expressão, ampliando o repertório criativo de escritores que olham para seus predecessores em busca de inspiração.

Viagem ao Fim da Noite: Céline entre o silêncio de Adorno e a defesa de Barthes

Viagem ao Fim da Noite: Céline entre o silêncio de Adorno e a defesa de Barthes

A relação entre ética e arte tem sido alvo de debates intensos ao longo da história, especialmente quando a genialidade criativa de um artista entra em conflito com suas escolhas morais. Até que ponto é possível separar a obra do criador, sobretudo quando este se envolveu com ideologias ou ações condenáveis? Essa questão ganha ainda mais relevância diante de figuras que, apesar de seu impacto estético inegável, carregam trajetórias pessoais profundamente controversas. O embate entre a liberdade artística e a responsabilidade ética transcende o campo da literatura, desafiando os limites do julgamento crítico e da memória cultural.

Meridiano de Sangue: uma radiografia estruturalista guiada por Barthes, Genette e o gênio de McCarthy

Meridiano de Sangue: uma radiografia estruturalista guiada por Barthes, Genette e o gênio de McCarthy

A literatura tem o poder de capturar os extremos da experiência humana, transformando o caos em narrativa e a violência em reflexão. Em algumas obras, o tecido narrativo não apenas apresenta eventos, mas desafia o leitor a confrontar as contradições mais profundas da história, da moralidade e do próprio ato de existir. Esses textos se destacam por sua complexidade estrutural, sustentada por escolhas estilísticas rigorosas que entrelaçam tempo, espaço e voz em uma composição que ressoa muito além de suas páginas.

Ardil 22, de Joseph Heller: uma leitura da máquina do absurdo

Ardil 22, de Joseph Heller: uma leitura da máquina do absurdo

Poucas obras conseguem capturar tão bem a tensão entre o cômico e o trágico ao abordar a irracionalidade dos sistemas humanos. Em meio a um cenário de guerra, um protagonista luta não por heroísmo, mas pela preservação de sua humanidade. A narrativa expõe as contradições das instituições que reduzem indivíduos a peças descartáveis, desafiando normas impostas por lógicas desumanas. Entre humor corrosivo e reflexões profundas, somos levados a questionar o valor da vida e a sanidade em meio ao caos. O impacto transcende o contexto histórico, dialogando com dilemas universais.