Autor: Beto Silva

Reuniões para marcar reuniões

Reuniões para marcar reuniões

O ser humano inventou um monte de coisas legais, outras nem tanto e algumas até ridículas, mas, sem nenhuma dúvida, uma das invenções mais estranhas do ser humano foram as reuniões, esses encontros entre pessoas que não se conhecem direito, não queriam muito se encontrar, mas que foram praticamente obrigadas a se juntar para discutir quase sempre algum assunto difícil e desagradável.

Morando em um bunker

Morando em um bunker

Fiquei sabendo que os bilionários andam construindo bunkers. Vários deles tiveram a mesma ideia, construir um local a prova de qualquer parada que venha por aí para destruir tudo. Se o bicho pegar, eles correm para o Bunker deles, fecham a porta e o resto que se foda! É claro que os Bunkers dos caras não são um apartamento conjugado ou um quarto e sala, são espaços enormes, com muitos quartos, milhares de salas de convivência, adega, cinema, auditório e outras coisas que só bilionários pensam em ter.

A fila anda

A fila anda

Em um dia comum, enfrentando a tortura de uma fila interminável, me deparei com um indivíduo desafiador, alheio ao movimento coletivo. Sua filosofia de “andar só quando vale a pena” transformou uma simples espera em um debate sobre a psicologia das filas e o comportamento social. Enquanto tentava convencê-lo da importância de avançar, mesmo que pouco, a fila ao lado, livre de obstáculos, avançava rapidamente. Ironia do destino, o “estrategista da fila” acabou sendo atendido primeiro, deixando uma lição inusitada sobre paciência e estratégia.

Boca de livros

Boca de livros

Em um cenário onde a literatura se tornou um bem tão raro e valioso ao ponto de ser comercializada nas sombras, uma troca clandestina está prestes a acontecer. Entre as vielas escuras e úmidas de uma cidade que perdeu o apreço pelos livros, dois indivíduos se encontram em um negócio ilícito. A tensão é palpável, cada palavra trocada carrega o peso do perigo e a urgência de um mercado negro de conhecimento. É neste contexto que o improvável se desenrola, desafiando as normas de uma sociedade que relegou a literatura ao submundo.

Encontro falado

Encontro falado

Os dois eram amigos de infância que se reencontraram depois de um longo tempo sem se verem. Gostaram do encontro e a partir desse dia, combinaram um almoço semanal. E levaram a sério o combinado, todas as quartas-feiras se encontravam no mesmo restaurante, já tinham uma mesa cativa. Sobre o que conversavam? Eles não sabiam. O problema é que os dois eram desse tipo de gente que fala sem parar e sem escutar o interlocutor.