Autor: Ademir Luiz

Bula de Livro: O Náufrago, de Thomas Bernhard

Bula de Livro: O Náufrago, de Thomas Bernhard

Mais do que se apoiar em um enredo, “O Náufrago” se sustenta numa situação exaustivamente examinada sob diversos ângulos. Um antigo colega de conservatório de música cometeu suicídio. O suicida, chamado Wertheimer, estava destinado a ser um dos grandes pianistas do século 20. De fato, tornou-se um intérprete respeitado, mas aquém das expectativas.

Lista definitiva dos 100 melhores filmes de todos os tempos Divulgação / Warner Bros

Lista definitiva dos 100 melhores filmes de todos os tempos

Diversos veículos de comunicação, nacionais e internacionais, produziram suas listas dos melhores filmes de todos os tempos. Nossa elegância impede de citar nomes, mas muitas não se sustentam. Para corrigir essas distorções, a Revista Bula apresenta a lista definitiva dos 100 melhores filmes de todos os tempos. Cem títulos parece muito, mas é ilusório tendo em vista o número de candidatos potenciais. Por isso, tivemos o cuidado de restringir a participação de cineastas de gênio que poderiam monopolizar a lista, como Kubrick, Tarkóvski, Coppola, Bergman, Kurosawa, Orson Welles, David Lean, John Ford, Scorsese, Fellini ou Woody Allen.

Tarkovski, o gênio que congelou o tempo

Tarkovski, o gênio que congelou o tempo

O cineasta russo Andrei Tarkovski foi um gênio. Fato. Tarkovski é um dos dez maiores cineastas de todos os tempos. Fato. Tarkovski criou um estilo artístico único e inimitável. Fato. Tarkovski é um dos artistas mais imitados do mundo. Fato. A maior parte de seus imitadores são artistas amadores ou em começo de carreira que pensam que são gênios. Fato. Outro tanto de seus imitadores são diretores talentosos e bem-sucedidos que, já tendo alcançado o reconhecimento profissional, decidem que querem ser gênios.

Barbie é melhor do que Oppenheimer e se você discorda significa que é um pedante que não entende nada de cinema

Barbie é melhor do que Oppenheimer e se você discorda significa que é um pedante que não entende nada de cinema

“Oppenheimer” padece de um gigantismo pretensioso que cega Nolan há tempos. O mesmo mal que acometeu “Interestelar” e “Tenet” e por um triz não estragou o bom “A Origem” e o ótimo “Dunkirk”. O fato é que Nolan cansou de ser sexy e quer ser gênio. Quer arrombar a porta para entrar no panteão dos gigantes. Para ele, aparentemente, a fórmula da genialidade está em contar histórias de maneiras deliberadamente confusas, indo e vindo no tempo, filmadas de maneira peculiar e colocando algumas cenas em preto e branco só para garantir.