Os 10 autores brasileiros mais esquecidos em quartos de hotel

Os 10 autores brasileiros mais esquecidos em quartos de hotel

Venderam milhões, ganharam capas reluzentes, traduções mundo afora e espaço cativo nas estantes de aeroportos. Foram tratados como marcos editoriais, conselhos de cabeceira, salvadores de almas inquietas. Mas bastou o check-out para que sumissem de cena — ou melhor, ficassem para trás, esquecidos em criados-mudos, camas desfeitas e gavetas trancadas em hotéis por todo o Brasil.

Uma grande rede hoteleira, presente nas principais capitais, compartilhou — sob a condição de anonimato, claro — uma lista generosa com quase uma centena de livros frequentemente abandonados por hóspedes. A partir desse levantamento inusitado, esta reportagem reuniu os 10 títulos nacionais mais esquecidos nos quartos.

O que o ranking revela? Um certo padrão de leitura em trânsito: dominam obras que flertam com a ficção e a autoajuda — gêneros que prometem entretenimento rápido com uma pitada de iluminação pessoal. São best-sellers que vendem como água mineral, mas que, curiosamente, acabam tratados como garrafinhas vazias: úteis por um instante, descartáveis no minuto seguinte.

Alvo de desconfiança da crítica e de desprezo silencioso dos leitores mais exigentes, esses livros, ainda assim, seguem campeões de venda. Só não garantem o retorno à mala. Confira a seguir os 10 brasileiros mais esquecidos em hotéis — e tente não esquecê-los antes do fim da lista.

Carlos Willian Leite

Jornalista especializado em jornalismo cultural e enojornalismo, com foco na análise técnica de vinhos e na cobertura do mercado editorial e audiovisual, especialmente plataformas de streaming. É sócio da Eureka Comunicação, agência de gestão de crises e planejamento estratégico em redes sociais, e fundador da Bula Livros, dedicada à publicação de obras literárias contemporâneas e clássicas.