92% de aprovação no Pipocômetro do Rotten Tomatoes! O filme de Tarantino mais amado do público e a maior bilheteria de sua carreira, na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

92% de aprovação no Pipocômetro do Rotten Tomatoes! O filme de Tarantino mais amado do público e a maior bilheteria de sua carreira, na Netflix

Christoph Waltz, ator austríaco de trajetória extensa, teve sua carreira transformada em 2010 ao interpretar Hans Landa em “Bastardos Inglórios”, dirigido por Quentin Tarantino. Sua performance como o astuto e sádico coronel nazista não apenas lhe rendeu aclamação internacional, mas também garantiu seu primeiro Oscar de melhor ator coadjuvante.

A parceria com Tarantino se mostrou decisiva, consolidando Waltz como um dos intérpretes mais marcantes do cinema contemporâneo. Em “Django Livre”, lançado em 2012, o ator voltou a brilhar ao encarnar o doutor King Schultz, um ex-dentista alemão que se torna caçador de recompensas. O papel lhe rendeu um segundo Oscar na mesma categoria, reafirmando sua versatilidade e magnetismo em cena.

Schultz, um homem refinado e calculista, cruza o caminho de Django, escravo vivido por Jamie Foxx, que busca resgatar sua esposa, Broomhilda von Shaft (Kerry Washington). Reconhecendo potencial no protagonista, Schultz adquire sua liberdade e propõe uma aliança: Django ajudaria na caça a criminosos, enquanto ambos arquitetam o resgate de Broomhilda, mantida pelo cruel Calvin Candie, um fazendeiro interpretado por Leonardo DiCaprio. Candie, obcecado pela cultura francesa, comanda um império de violência e degradação, promovendo brutais combates entre escravos, conhecidos como “lutas de mandingos”.

Para se aproximar do vilão sem levantar suspeitas, Schultz e Django fingem interesse no comércio de lutadores. No entanto, o grande obstáculo para o plano é Stephen (Samuel L. Jackson), o escravo de confiança de Candie, cuja lealdade ao senhor torna a missão ainda mais perigosa. À medida que a trama se desenrola, confrontos violentos e reviravoltas dramáticas intensificam a narrativa, características emblemáticas do cinema de Tarantino.

Desde seu lançamento, “Django Livre” gerou debates acalorados. A violência gráfica e o vocabulário carregado de conotações históricas renderam ao filme tanto elogios quanto críticas. Will Smith, inicialmente cotado para o papel principal, recusou a oferta, alegando discordância sobre a abordagem da escravidão. Spike Lee também manifestou sua desaprovação, acusando Tarantino de desrespeitar a memória dos negros escravizados. Entretanto, muitos enxergam na obra uma releitura ousada e um exercício de justiça histórica.

O reconhecimento da Academia veio com dois Oscars: melhor ator coadjuvante para Waltz e melhor roteiro original para Tarantino. O elenco, amplamente elogiado, entregou atuações memoráveis, contribuindo para o impacto da narrativa. A fotografia de Robert Richardson potencializou a ambientação, alternando paletas frias e quentes para reforçar a carga emocional e a geografia do enredo.

Disponível na Netflix, “Django Livre” segue como um dos filmes mais emblemáticos de Tarantino, ocupando a 57ª posição no ranking dos melhores filmes do IMDb. Sua fusão entre western e comentário social o torna uma referência inescapável, reafirmando seu legado na história do cinema.

Filme: Django Livre
Diretor: Quentin Tarantino
Ano: 2012
Gênero: Ação/Drama/Faroeste
Avaliação: 10/10 1 1
★★★★★★★★★★