A atuação de Josh Duhamel como Gilbert Galvan Jr. em “Bandido” destaca-se pela intensidade, imersão e completa adequação ao personagem. O ladrão de bancos, especialista em manipular as autoridades por meio de artifícios simples e eficazes, leva uma vida de luxúria construída sobre crimes meticulosamente planejados. A produção de Allan Ungar, baseada em um roteiro de Ed Arnold, Robert Knuckle e Kraig Wenman, vai além do convencional ao explorar não apenas os feitos de Galvan Jr., mas também os aspectos psicológicos que o impulsionam em suas decisões.
O personagem transita entre momentos de tensão e introspecção, revelando sua complexidade emocional ao lidar com a fuga de uma prisão de segurança mínima e sua tentativa de viver como um homem comum, sem abrir mão da fortuna ilícita conquistada. Sua mudança de identidade e a relação com seu novo companheiro, Tommy, tornam-se catalisadores para novas e arriscadas aventuras no submundo do crime.
O filme não é apenas uma jornada de crime e engano, mas uma análise profunda do caráter humano, que revela como o ambiente e as adversidades podem moldar as decisões mais impensáveis. A parceria entre Duhamel e Mel Gibson, com este último interpretando o antagonista de forma única, adiciona uma camada de tensão à narrativa. A relação entre o ex-criminoso e sua esposa, interpretada por Elisha Cuthbert, oferece uma visão de seus esforços para se reinventar e se tornar um homem de família, sem conseguir escapar totalmente de seu passado sombrio. Mesmo após anos, quando Galvan Jr. se reinventa como produtor de cinema, o eco de sua vida anterior permanece, trazendo uma reflexão sobre os efeitos duradouros da criminalidade e da busca incessante por uma nova chance.
★★★★★★★★★★