É um momento decisivo para “The Witcher”. A série seguirá em frente, mas a despedida de Henry Cavill estabelece uma mudança incontornável. Após enfrentar paralisações nas gravações devido à pandemia entre 2020 e 2022 e à greve dos roteiristas em 2023, a produção agora encara uma de suas maiores provações: a substituição de seu protagonista.
Cavill, com sua interpretação magnética, conferiu ao bruxo Geralt de Rivia um equilíbrio singular entre austeridade e ironia, cativando o público ao longo de três temporadas. Seu rosto se tornou sinônimo do personagem, transformando as caçadas e dilemas de Geralt no centro das atenções da cultura pop.
Nos três episódios finais, a icônica peruca branca ainda repousa sobre sua cabeça, encerrando um ciclo que redefiniu a narrativa de fantasia contemporânea. O futuro, contudo, está nas mãos de Liam Hemsworth, cuja chegada desperta tanto apreensão quanto curiosidade, já que trocas de atores em papéis tão emblemáticos costumam gerar reações inflamadas.
A trama volta a um ponto chave da primeira fase, quando Geralt se vê em confronto com Sigismund Dijkstra, o ardiloso espião redaniano interpretado por Graham McTavish. Com os magos de Aretuza aprisionados e incapacitados por algemas de dimeritium, uma nova rebelião se desenha, colocando o bruxo no centro de um embate repleto de traições e estratagemas. Ainda que a série tente insuflar frescor à narrativa, o maior interesse parece recair sobre os bastidores.
Rumores indicam que Cavill teria deixado a produção desgastado pelo número crescente de reviravoltas e por exigências inesperadas, como refilmagens frequentes e agendas instáveis, que o afastavam de outros projetos potencialmente mais instigantes. Independentemente de seu cansaço, o impacto da saga de Geralt permanece indiscutível.
A adaptação da Netflix, inspirada na obra do polonês Andrzej Sapkowski, mantém uma base fiel de espectadores que acreditam na longevidade da série. E agora, Liam Hemsworth terá a missão de provar que a jornada do bruxo está longe de terminar.
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