O melhor remake do cinema desde “Os Infiltrados”; indicado a 4 Oscars em 2025 Divulgação / Focus Features

O melhor remake do cinema desde “Os Infiltrados”; indicado a 4 Oscars em 2025

Robert Eggers, um dos cineastas mais inventivos do terror contemporâneo, revisita essa lenda com sua assinatura inconfundível. Conhecido pela minuciosa reconstrução histórica e pelo domínio atmosférico, ele já demonstrou sua maestria em “A Bruxa” e “O Farol”, obras que mergulham na psique humana através de narrativas densas e perturbadoras.

Em “Nosferatu”, Eggers resgata a estética do expressionismo alemão, combinando fotografia dessaturada, contrastes intensos de luz e sombra e cenários minimalistas para potencializar a tensão. A iluminação à luz de velas e a construção meticulosa dos planos acentuam a fragilidade dos personagens diante do horror iminente, enquanto sequências contemplativas e referências ao folclore reforçam a imersão na mitologia do vampiro.

A trama gira em torno de Thomas e Ellen Hutter (Nicholas Hoult e Lily-Rose Depp), um casal que vê sua vida transformada por um encontro sinistro. Thomas, jovem advogado em ascensão, viaja à Romênia para negociar uma propriedade com o enigmático Conde Orlof (Bill Skarsgård). O que parece ser uma transação promissora logo se revela um pesadelo: Orlof, um ser demoníaco, se torna obcecado por Ellen e orquestra uma série de eventos para atraí-la ao seu domínio.

Ellen, que desde a infância lida com crises de sonambulismo e visões perturbadoras, tem uma ligação inexplicável com o sobrenatural. Após uma infância marcada por perdas, ela buscou conforto em uma entidade misteriosa, sem saber que esse vínculo persistiria como um fardo. Ao cair na influência de Orlof, sua percepção da realidade se desfaz, tornando-a vítima de uma relação opressiva e manipuladora. Willem Dafoe interpreta um médico versado em ocultismo, enquanto Aaron Taylor-Johnson dá vida a Sievers, o amigo leal de Thomas, cuja tentativa de proteger Ellen o coloca em perigo mortal.

Bill Skarsgård reinventa a figura do vampiro com uma abordagem inédita. Em vez do visual careca do icônico Nosferatu de Murnau, seu Conde Orlof é uma criatura cadavérica, parcialmente decomposta, com feições que remetem ao folclore romeno. Para dar vida ao personagem, Skarsgård se dedicou ao estudo do canto lírico e do romeno arcaico, elementos que conferem autenticidade e intensidade à sua performance.

A ambientação gótica, repleta de sombras ameaçadoras, amplifica a sensação de claustrofobia e mistério. Cada detalhe visual e sonoro é meticulosamente orquestrado para instigar o espectador a desvendar os segredos ocultos na escuridão. Lily-Rose Depp entrega uma atuação magnética, capturando a complexidade de Ellen, enquanto Eggers equilibra com maestria a estética sublime e o terror visceral, elevando “Nosferatu” a um novo patamar.

Longe de ser apenas uma homenagem ao clássico, a obra de Eggers reinterpreta a lenda com ousadia e profundidade, consolidando sua capacidade ímpar de transformar mitos em experiências cinematográficas envolventes. “Nosferatu” não apenas aterroriza, mas também fascina, convidando o público a uma jornada perturbadora e inesquecível.O termo “Nosferatu” tem raízes na expressão húngaro-românica “nesuferit”, que significa “intolerável”. Com o tempo, essa palavra se fundiu ao imaginário popular como sinônimo de vampiro, especialmente após a publicação de “Drácula” (1897) por Bram Stoker. Duas décadas depois, F.W. Murnau desafiou os limites da adaptação cinematográfica ao recriar essa história sem autorização dos herdeiros do autor. Modificando elementos essenciais, seu “Nosferatu” se tornou um pilar do expressionismo alemão, cristalizando a imagem do vampiro como uma entidade deformada e aterrorizante, em contraponto aos arquétipos posteriores de sedutores imortais.

Robert Eggers, um dos cineastas mais inventivos do terror contemporâneo, revisita essa lenda com sua assinatura inconfundível. Conhecido pela minuciosa reconstrução histórica e pelo domínio atmosférico, ele já demonstrou sua maestria em “A Bruxa” e “O Farol”, obras que mergulham na psique humana através de narrativas densas e perturbadoras. Em “Nosferatu”, Eggers resgata a estética do expressionismo alemão, combinando fotografia dessaturada, contrastes intensos de luz e sombra e cenários minimalistas para potencializar a tensão. A iluminação à luz de velas e a construção meticulosa dos planos acentuam a fragilidade dos personagens diante do horror iminente, enquanto sequências contemplativas e referências ao folclore reforçam a imersão na mitologia do vampiro.

A trama gira em torno de Thomas e Ellen Hutter (Nicholas Hoult e Lily-Rose Depp), um casal que vê sua vida transformada por um encontro sinistro. Thomas, jovem advogado em ascensão, viaja à Romênia para negociar uma propriedade com o enigmático Conde Orlof (Bill Skarsgård). O que parece ser uma transação promissora logo se revela um pesadelo: Orlof, um ser demoníaco, se torna obcecado por Ellen e orquestra uma série de eventos para atraí-la ao seu domínio.

Ellen, que desde a infância lida com crises de sonambulismo e visões perturbadoras, tem uma ligação inexplicável com o sobrenatural. Após uma infância marcada por perdas, ela buscou conforto em uma entidade misteriosa, sem saber que esse vínculo persistiria como um fardo. Ao cair na influência de Orlof, sua percepção da realidade se desfaz, tornando-a vítima de uma relação opressiva e manipuladora. Willem Dafoe interpreta um médico versado em ocultismo, enquanto Aaron Taylor-Johnson dá vida a Sievers, o amigo leal de Thomas, cuja tentativa de proteger Ellen o coloca em perigo mortal.

Bill Skarsgård reinventa a figura do vampiro com uma abordagem inédita. Em vez do visual careca do icônico Nosferatu de Murnau, seu Conde Orlof é uma criatura cadavérica, parcialmente decomposta, com feições que remetem ao folclore romeno. Para dar vida ao personagem, Skarsgård se dedicou ao estudo do canto lírico e do romeno arcaico, elementos que conferem autenticidade e intensidade à sua performance.

A ambientação gótica, repleta de sombras ameaçadoras, amplifica a sensação de claustrofobia e mistério. Cada detalhe visual e sonoro é meticulosamente orquestrado para instigar o espectador a desvendar os segredos ocultos na escuridão. Lily-Rose Depp entrega uma atuação magnética, capturando a complexidade de Ellen, enquanto Eggers equilibra com maestria a estética sublime e o terror visceral, elevando “Nosferatu” a um novo patamar.

Longe de ser apenas uma homenagem ao clássico, a obra de Eggers reinterpreta a lenda com ousadia e profundidade, consolidando sua capacidade ímpar de transformar mitos em experiências cinematográficas envolventes. “Nosferatu” não apenas aterroriza, mas também fascina, convidando o público a uma jornada perturbadora e inesquecível.

Filme: Nosferatu
Diretor: Robert Eggers
Ano: 2024
Gênero: Drama/Terror
Avaliação: 10/10 1 1
★★★★★★★★★★