No mercado não faltam opções de vinho para os consumidores. Estima-se que em todo o mundo haja cerca de 6 milhões de rótulos diferentes da bebida. Apesar do processo de produção ser o mesmo — fermentação alcoólica de uvas amassadas — os resultados são bem diferentes, e variam de acordo com o tipo de matéria prima, os cuidados na produção e até os locais de armazenamento.
Os vinhos podem ser classificados em três diferentes categorias: tinto, cuja cor escura é resultado dos pigmentos encontrados nas uvas pretas; branco, preparado geralmente com uvas brancas, sem as cascas das frutas; e o vinho rosé, que é produzido com uvas pretas, mas cujas cascas liberam uma baixa quantidade de pigmentos. Além disso, eles também podem ser diferenciados de acordo com o nível de açúcar, espuma e o teor alcoólico.
Embora a somas dessas características resulte em um sabor único, há processos que deixam os vinhos ainda mais singulares. Quando a bebida é feita com matéria prima de alta qualidade, a partir de processos rigorosos e produzida em pequena quantidade, os vinhos ascendem para as linhas especiais, se tornando bastante cobiçados. A revista Adega reuniu em uma lista dez desses vinhos únicos, que são os mais caros e desejados do mundo. Os comentários sobre os vinhos são da Revista.
Considerado pelos críticos como o melhor vinho dentre os cinco Premier Cru, o vinho é produzido em uma das mais antigas vinícolas francesas de Bordeaux, em Graves, cujas primeiras referências datam de 1423. Ele é o único vinho fora da região de Médoc que recebeu a classificação, que mede a qualidade máxima dos vinhos tintos.
O vinho foi considerado o primeiro dos Premières Grand Crus em 1855. O que não é nenhuma surpresa, já que a Château Lafite Rothschild é uma pequena vinícola de bastante prestígio, conhecida por produzir vinhos de longevidade. Um exemplo claro é uma garrafa da safra de 1787, que foi leiloada por US$ 160 mil.
Outro vinho Premier Grand Cru, o Latour é um clássico da região de Pauillac. Uma garrafa da safra de 1961 já foi vendida por US$ 62 mil. Ele é considerado o mais potente dos cinco Grand Cru.
O Château Margaux já inspirou até uma canção de ópera, de composição do italiano Gioacchino Rossini. Ele é considerado o mais exclusivo e poderoso dos Premières Grand Crus. Além do sabor, uma das característica marcantes é a sua estrutura, que lhe garante longevidade.
O Premier Grand Cru traz obras originais de artistas contemporâneos em seus rótulos. Os convidados especiais da vinícola, cujas obras estampam as garrafas desde o fim da Segunda Guerra, passam por nomes como Salvador Dalí (1958), Joan Miró (1969), Marc Chagall (1970), Pablo Picasso (1973) e Andy Warhol (1975).
Apesar de não haver classificação oficial para os vinhos de Pomerol, o Pétrus é considerado um dos tintos célebres de Bordeaux. De acordo com especialistas, ele apresenta “potência, volume e taninos firmes, mas elegantes”. O Pétrus foi servido no casamento e coroação da rainha Elizabeth II.
O vinho foi classificado como Premier Grand Cru Classé A de Saint-Émilion. Uma garrafa já foi vendida por mais de US$ 300 mil em leilão. Ele ganhou ainda mais destaque ao figurar nos filmes “Sideways” e “Ratatouille”.
Considerado o melhor vinho doce de toda a França, o Château D’yquem é exótico e potente. Ele foi uma das bebidas prediletas de escritores renomados como Vladmir Nabokov, Fiodor Dostoiévski, Marcel Proust, Júlio Verne e Alexandre Dumas Filho. As uvas utilizadas na sua produção são colhidas uma a uma.
O vinho está entre os mais procurados do mundo, graças à sua sedosidade e elegância. Em uma parcela de 1,8 hectare são produzidas apenas 6 mil garrafas a cada safra. A propriedade é uma das mais famosas de Borgonha.
Desenvolvido exclusivamente para Alexandre II, em 1876, o vinho do tipo champagne é um dos mais apreciados pelas celebridades. A vinícola Louis Roederer é a responsável por alguns dos melhores vinhos do tipo, em seus mais de dois séculos de existência.
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