A obra narra a trajetória de uma família de imigrantes coreanos nos Estados Unidos, nos anos 1980, sob o olhar curioso de David, um menino de sete anos. Inspirado pelas memórias do diretor Lee Isaac Chung, o filme transporta o espectador para o interior do Arkansas, onde Jacob e Monica tentam transformar uma fazenda num negócio viável, plantando vegetais típicos coreanos enquanto lidam com as dificuldades da vida rural.
Ao buscar o sonho americano, a família enfrenta desafios inesperados. O solo árido, a ausência de chuva e as tensões familiares tornam a jornada árdua. Enquanto Jacob se entrega ao trabalho, determinado a prosperar, Monica luta contra o isolamento e teme pela saúde de David, que sofre de problemas cardíacos. Entre eles, a avó Soonja chega com seu jeito irreverente e uma semente de minari, planta que cresce à margem do riacho, simbolizando resiliência e raízes.
A dinâmica intergeracional entre Soonja e David dá vida ao núcleo emocional da narrativa. Os choques culturais iniciais cedem lugar a um vínculo de afeto, repleto de aprendizados mútuos. A avó, com suas histórias e sabedoria popular, transforma a rotina da família, enquanto a fazenda se torna um campo de batalha entre esperança e frustração.
Sem apressar a trama, o diretor desenha um retrato intimista e nostálgico, revelando como as aspirações se encontram com a realidade, resultando em lembranças ternas e significativas. Com sutileza, o filme evita discursos explícitos sobre questões sociais, focando na jornada de adaptação e nas conexões humanas. É uma celebração da resiliência e das relações que se constroem em solo estrangeiro.
★★★★★★★★★★