Histórias de cães têm o poder de tocar as emoções mais profundas. Entre risos e lágrimas, esses companheiros fiéis relembram momentos de afeto genuíno que marcaram nossa vida. Em “Quatro Vidas de um Cachorro”, a narrativa explora a jornada de um cão que renasce em diferentes corpos, mas mantém uma única missão: reencontrar Ethan, o primeiro humano a acolhê-lo e dar-lhe um lar.
A trama começa com um filhote de rua, capturado pela carrocinha após dias de liberdade ao lado de seus irmãos. O que parecia ser o fim precoce de sua breve existência dá lugar a um novo começo: ele renasce como um red retriever em um canil. Durante uma visita ao local, uma fuga impulsiva o coloca nas mãos de dois homens inescrupulosos, que acabam o abandonando em condições precárias. A salvação vem na forma de Ethan, um garoto generoso que, ao lado de sua mãe, resgata o cãozinho e o batiza de Bailey.
A amizade entre Bailey e Ethan floresce durante a infância do garoto, transformando o cão em seu parceiro inseparável. Porém, o tempo segue seu curso, e Ethan, já adolescente, parte para a faculdade, deixando Bailey solitário. Com a idade avançando, o cachorro encerra mais um ciclo de sua existência. Contudo, a história está longe de terminar.
Bailey retorna como Ellie, uma pastora alemã destinada ao trabalho policial. Sob a tutela de Carlos, seu treinador, ela se destaca em missões arriscadas, rastreando suspeitos e protegendo vidas. Mesmo em meio à correria de sua nova vida, Ellie enfrenta desafios que culminam em sua morte heroica. Mais uma vez, o cão renasce, agora como Tino, um pequeno cão de companhia. Em sua nova vida, ele acompanha uma jovem universitária, compartilhando momentos de alegria simples e cumplicidade até que a velhice o alcança novamente.
A última reencarnação traz Bailey como um robusto São Bernardo, entregue a um lar negligente em um bairro periférico. Abandonado à própria sorte, ele segue um instinto profundo que o guia de volta a Ethan, agora adulto e isolado em sua fazenda. O reencontro é emocionante, mas Ethan, incapaz de reconhecer o espírito de seu antigo amigo, acolhe o cão sem saber de sua verdadeira identidade. Determinado a provar quem é, Bailey se empenha em trazer à tona memórias esquecidas e ajudar Ethan a redescobrir a felicidade ao lado de Hannah, um amor perdido.
A direção de Lasse Hallström conduz essa história com sensibilidade, enquanto a trilha sonora de Rachel Portman e a fotografia de Terry Stacey criam um cenário envolvente, reforçando o tom nostálgico e afetuoso. Através da jornada de Bailey, o filme desperta lembranças e sentimentos universais sobre amor incondicional e conexão, tocando até os corações mais resistentes. Para quem tem uma queda por histórias de animais, este é um convite irrecusável a rir, chorar e se lembrar de que algumas relações transcendem o tempo e a vida.
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