Aventura épica que arrecadou 6 bilhões em bilheteria e foi visto por mais de 200 milhões de pessoas está na Max Divulgação / Warner Bros.

Aventura épica que arrecadou 6 bilhões em bilheteria e foi visto por mais de 200 milhões de pessoas está na Max

Publicado em mais de 80 idiomas e com impressionantes 120 milhões de cópias vendidas, “Harry Potter e a Pedra Filosofal” consolidou-se como um dos maiores fenômenos da literatura mundial. O que começou como uma ideia surgida durante uma viagem de trem em 1990 tornou-se um marco na ficção contemporânea, projetando J.K. Rowling ao patamar de uma das autoras mais influentes de todos os tempos. Em meio a desafios pessoais, incluindo a perda da mãe e um relacionamento abusivo, Rowling transformou sua dor em criatividade, criando um universo mágico que ressoa com leitores de todas as idades.  

No centro da narrativa, conhecemos Harry, um garoto de 11 anos marcado pela perda precoce dos pais e pela convivência com parentes que o tratam com desdém. Obrigado a dormir em um armário sob a escada, ele encontra uma vida cheia de desafios, mas também repleta de esperança, ao ser convidado a ingressar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Esse convite marca o início de uma jornada épica de autodescoberta e coragem, elementos que ecoam as próprias experiências de Rowling durante os anos em que concebeu a obra.  

O sucesso estrondoso do livro rapidamente atraiu a atenção de Hollywood, mas a adaptação cinematográfica enfrentou seus próprios desafios antes de se materializar. Sob a direção de Chris Columbus, o primeiro filme da saga foi lançado em 2001, após um processo de seleção de elenco que envolveu a análise de centenas de crianças. Daniel Radcliffe, então com apenas 11 anos, foi escolhido para dar vida ao protagonista, um papel que exigia carisma, sensibilidade e a capacidade de carregar a essência de um personagem tão icônico. A pressão era imensa: os fãs esperavam uma adaptação fiel e mágica, e o estúdio não poupou esforços para entregar uma produção à altura das expectativas.  

Além da escolha criteriosa do elenco, outros obstáculos inesperados surgiram. A Catedral de Gloucester, na Inglaterra, selecionada para representar parte de Hogwarts, foi alvo de protestos de grupos religiosos que viam a franquia como uma apologia à bruxaria. Apesar das controvérsias, as filmagens seguiram adiante, culminando em uma obra que conquistou tanto crítica quanto público. Com um orçamento estimado em 125 milhões de dólares, “Harry Potter e a Pedra Filosofal” arrecadou mais de 1 bilhão de dólares mundialmente, assegurando o futuro da franquia e estabelecendo um novo padrão para adaptações literárias no cinema.  

No enredo, a narrativa apresenta elementos cuidadosamente elaborados para capturar a imaginação dos espectadores. Após anos de negligência sob os cuidados dos Dursley, Harry descobre sua verdadeira identidade como bruxo quando começa a receber cartas de Hogwarts. O esforço de seus tios para suprimir sua ligação com o mundo mágico é marcado pelo ressentimento de Petúnia, que sempre invejou a irmã Lílian, mãe de Harry, por sua habilidade especial. Essa dinâmica familiar é um retrato sensível dos impactos emocionais de relações tensas e competitivas, um tema explorado com profundidade tanto no livro quanto no filme.  

A chegada de Hagrid, vivido por Robbie Coltrane, é o divisor de águas na vida de Harry. Ele não apenas apresenta o jovem ao universo mágico, mas também se torna uma figura paternal, ao lado da professora McGonagall (Maggie Smith) e do diretor Dumbledore (Richard Harris). Juntos, eles guiam Harry em sua transição para um mundo de possibilidades, longe do abuso e da opressão que marcaram sua infância. É em Hogwarts que Harry forma os laços que moldarão seu futuro: Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson) se tornam seus aliados inseparáveis, ajudando-o a enfrentar desafios que vão desde mistérios sobre sua origem até o confronto com Voldemort, o responsável pela morte de seus pais.  

A adaptação de “Harry Potter e a Pedra Filosofal” equilibra momentos de humor, ação e mistério, ao mesmo tempo em que mantém a essência emocional da obra original. Os efeitos visuais deslumbrantes, aliados ao talento do elenco, criaram uma experiência cinematográfica que não apenas atendeu às expectativas, mas também expandiu os horizontes do que adaptações literárias poderiam alcançar. Mais do que um filme, o longa inaugurou uma franquia que revolucionou o entretenimento e deixou um legado que ainda hoje reverbera na cultura popular.  

A história de Harry, tanto no livro quanto no filme, é uma celebração do poder da resiliência e da magia que existe em descobrir nosso verdadeiro potencial. Ao longo de sua jornada, Rowling não apenas inspirou gerações, mas também criou um mundo onde a fantasia e a realidade se encontram, provando que, mesmo nos momentos mais sombrios, sempre há luz a ser encontrada.  

Filme: Harry Potter e a Pedra Filosofal
Diretor: Chris Columbia
Ano: 2001
Gênero: Aventura/Fantasia
Avaliação: 9/10 1 1
★★★★★★★★★