200 milhões de pessoas já viram: veja a série mais cara de todos os tempos no Prime Video Divulgação / Amazon Studios

200 milhões de pessoas já viram: veja a série mais cara de todos os tempos no Prime Video

Desde os primórdios da saga da Terra-média, poucos personagens desempenharam um papel tão essencial quanto o Istar que reconhecemos como Gandalf. A revelação de sua identidade em “Os Anéis do Poder” consolida o protagonismo do mago na complexa teia de eventos. Embora os rumores iniciais apontassem para Saruman, a série trouxe o peso de seu verdadeiro nome: Gandalf, um guia imortal que carrega em sua essência a sabedoria e a coragem dos antigos.

Se Bilbo e Frodo são figuras centrais em suas respectivas jornadas, é inegável que nenhum deles teria saído do Condado sem a influência do mago. Gandalf não apenas orquestra os acontecimentos que unem hobbits, anões, elfos e homens, mas também estabelece a ideia de que o mal não é derrotado pela força bruta, mas pela pureza de gestos singelos. Seu olhar penetrante percebe no coração dos hobbits a capacidade de mudar o destino da Terra-média.

Com falas marcantes e reflexões profundas, Gandalf se firma como uma figura insubstituível. Sua crença de que a bondade supera o poder dá o tom para suas ações. Nos livros, filmes e agora na série, ele reconhece que a vitória contra Sauron exige mais do que armas: demanda a simplicidade de almas puras, como a de Frodo, para resistir ao mal.

Na série, Daniel Weyman encarna um Gandalf misterioso e confuso em sua introdução, ainda longe de seu pleno potencial. Amparado pelos pés peludos — ancestrais dos hobbits — ele inicia sua jornada de autodescoberta. A amizade com Nori e Poppy é essencial para que encontre o caminho, enfrentando o enigmático Mago Sombrio, cuja identidade permanece um mistério.

O universo de Tolkien descreve cinco magos, sendo Saruman, Gandalf e Radagast os mais conhecidos, enquanto os magos azuis, Alatar e Pallando, aparecem de forma nebulosa. Especula-se que o antagonista misterioso da série possa ser um desses magos esquecidos, já que os roteiristas descartaram a possibilidade de ele ser Saruman, devido à futura aliança entre ele e Gandalf.

A segunda temporada da série, com um orçamento impressionante de 450 milhões de dólares, destaca a destruição de Eregion e a queda de Celebrimbor, que, manipulado por Annatar, cria os anéis. Ao rejeitar o título de “Senhor dos Anéis” e entregá-lo a Sauron, Celebrimbor selou seu destino trágico, sendo consumido pelo poder que ajudou a forjar. A ruína da cidade, devastada pelos orcs, ecoa como um dos momentos mais sombrios.

Outro ponto alto é o sacrifício do Rei Durin III, que, seduzido pelo anel, acaba libertando um Balrog nas profundezas da Montanha Solitária. Seu confronto com a criatura culmina em sua morte, um ato heroico para salvar o Príncipe Durin IV. A lembrança do Balrog traz ecos do embate épico com Gandalf em tempos futuros, reforçando os laços entre passado e futuro na narrativa.

Galadriel também enfrenta Sauron em uma batalha emocional e estratégica. Desde o primeiro encontro, em que ela o ajuda a escapar de Numenor, uma tensão palpável se estabelece entre eles. Enganada, mas não corrompida, Galadriel emerge como uma figura central na resistência contra o inimigo.

A segunda temporada eleva a experiência visual, apresentando batalhas épicas e um ritmo mais dinâmico do que a anterior. Embora a estética lembre os filmes de Peter Jackson, os efeitos são impressionantes e marcam uma identidade própria. A narrativa, agora mais acelerada, proporciona momentos inesquecíveis de ação e drama.


Série: Os Aneis do Poder
Criadores: Patrick McKay e John D. Payne
Ano: 2022
Gênero: Aventura/Épico/Fantasia
Nota: 10