Gigantescos robôs extraterrestres permanecem presos na Terra, incapazes de retornar ao vasto universo de onde vieram. Nesse ínterim, encontram alienígenas que representam uma ameaça real: seres letais a serviço de uma divindade colossal e cruel, capaz de devastar planetas inteiros para preservar sua existência.
Primeiro título da série sem a assinatura de Michael Bay, “Transformers: Rise of the Beasts” (em tradução literal, “O Despertar das Feras”) mantém o tom leve e absurdo característico dos seis filmes anteriores, baseados nos brinquedos da Hasbro. A exemplo de “Bumblebee”, Travis Knight trouxe equilíbrio entre ação e momentos mais reflexivos, mérito partilhado com uma protagonista inesperada. Steven Caple Jr., por sua vez, revisita o legado de Bay para resgatar a trajetória de B-127, um Autobot exilado após ser forçado a fugir de Cybertron, enquanto escapa de Decepticons que buscam destruí-lo. Refugiando-se na Terra, ele escolhe este planeta como abrigo estratégico, mesmo com sua densidade populacional e extensão territorial.
Noah Diaz, ex-especialista em segurança militar, enfrenta dificuldades para sustentar sua família e buscar tratamento para Kris, seu irmão mais novo. Após uma série de rejeições profissionais e contratempos pessoais, Noah decide aliar-se ao amigo de infância Reek, embarcando em uma empreitada arriscada: roubar um Porsche prateado. O que ele não sabia é que o veículo abriga Optimus Primal, um robô que será fundamental no desenrolar da história. Enquanto isso, Elena, uma dedicada estagiária no Museu de Imigração de Ellis Island, desvenda a origem de um artefato pré-colombiano — a enigmática Chave Transwarp, peça central que pode salvar ou destruir os Transformers.
O roteiro, escrito por Joby Harold, Darnell Metayer e Josh Peters, ganha fôlego próprio à medida que Noah e Elena, ambos enfrentando as adversidades de sua condição social, se unem na batalha que conecta as forças terrestres e alienígenas. A direção de Caple Jr. sublinha a dualidade entre ficção científica e metáforas sociais, resultando em um clímax envolvente. O talento de Anthony Ramos e Dominique Fishback eleva a trama, conferindo profundidade e empatia aos personagens e ampliando o impacto do conflito pela libertação de Cybertron.
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