A sequência “Kingsman: O Círculo Dourado” amplia o universo estabelecido em “Kingsman: O Serviço Secreto”, mergulhando ainda mais fundo no mundo de espionagem estilizada. Baseado nos quadrinhos de Mark Millar e Dave Gibbons, o filme conduz o espectador por um turbilhão de ação, intrigas globais e personagens peculiares, enquanto explora os limites da organização Kingsman diante de uma crise sem precedentes.
Eggsy (Taron Egerton), agora um agente plenamente realizado da Kingsman, equilibra missões mortais com sua vida pessoal ao lado da Princesa Tilde (Hanna Alström). No entanto, a estabilidade do protagonista é abruptamente destruída quando um ataque devastador deixa a organização em ruínas. O atentado, orquestrado por Poppy Adams (Julianne Moore), uma narcotraficante com um estilo peculiar e uma frieza calculada, leva Eggsy e seu companheiro Merlin (Mark Strong) a uma jornada desesperada para salvar o mundo.
Poppy, uma vilã ambiciosa que mistura sofisticação com psicopatia, lidera suas operações a partir de um esconderijo na selva, concebido como uma cidade retro dos anos 1950. Sua proposta é clara e ameaçadora: a legalização mundial das drogas em troca da cura para uma toxina mortal que ela disseminou globalmente. Diante da destruição quase total da Kingsman, Eggsy e Merlin recorrem ao “Plano Juízo Final”, que os conecta à Statesman, uma organização americana de espionagem disfarçada como uma destilaria de whisky.
Na Statesman, surgem novos aliados que enriquecem a narrativa: Tequila (Channing Tatum), Whiskey (Pedro Pascal), Champ (Jeff Bridges) e Ginger Ale (Halle Berry). Mas a maior surpresa é o retorno inesperado de Harry Hart (Colin Firth), mentor de Eggsy, dado como morto. Harry, salvo pela tecnologia da Statesman após levar um tiro na cabeça, sofre de amnésia e acredita ser um estudioso de borboletas. Sua recuperação e retorno à ação formam um dos pilares emocionais do filme, enquanto Eggsy e Merlin lutam para reativar a verdadeira identidade de seu antigo líder.
O elenco estelar é um dos trunfos da produção. Além dos protagonistas, a inclusão de Sir Elton John como ele mesmo é um elemento que mistura humor e irreverência. Mantido como refém por Poppy, o astro pop protagoniza momentos memoráveis, que alternam entre o cômico e o absurdo.
Sob a direção de Matthew Vaughn, “Kingsman: O Círculo Dourado” reforça sua identidade visual marcante com cenas de ação coreografadas com precisão, dispositivos tecnológicos criativos e cenários grandiosos. O diretor mantém o equilíbrio entre a homenagem e a paródia dos filmes clássicos de espionagem, mesclando humor britânico com elementos da cultura americana, refletidos nos membros da Statesman. Essa combinação cultural adiciona camadas à narrativa, destacando temas como lealdade, sacrifício e relações de poder dentro das organizações secretas.
Embora receba críticas diversas, o filme encontrou seu lugar entre os grandes sucessos comerciais, consolidando ainda mais a franquia no cenário do cinema de ação. A produção oferece uma experiência visualmente arrojada e repleta de energia, mantendo o charme irreverente que conquistou uma base fiel de fãs. Disponível na Netflix, “Kingsman: O Círculo Dourado” é um convite a aventuras explosivas, personagens excêntricos e uma narrativa que, apesar de sua exuberância, mantém um coração pulsante de lealdade e camaradagem. Para os amantes do gênero, é um prato cheio de surpresas e diversão.
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