Tom Cruise, ícone de Hollywood, construiu uma carreira marcada por versatilidade e habilidade em papéis de ação. No longa, ambientado em um futuro pós-apocalíptico, ele dá vida a Jack Harper, um técnico encarregado de reparar drones que patrulham uma Terra devastada por uma guerra com alienígenas conhecidos como “saqueadores”. Embora o filme não seja um dos trabalhos mais reconhecidos de Cruise, entrega uma trama envolvente, misturando ação, mistério e reflexões sobre identidade e memória.
Jack vive ao lado de Vika, interpretada por Andrea Riseborough, em uma estação espacial que orbita o planeta arrasado. Eles formam uma equipe aparentemente perfeita, trabalhando sob ordens de uma organização superior que promete um novo recomeço em outra colônia planetária. Apesar de seu cotidiano metódico, Jack é inquieto. Seus sonhos recorrentes com uma mulher desconhecida despertam dúvidas sobre o mundo que conhece e sobre sua própria história.
Essa rotina é interrompida quando eles encontram Julia, uma humana em hibernação, cujo passado está diretamente ligado aos enigmas que assombram Jack. Reconhecendo-a como a mulher de seus sonhos, ele decide ajudá-la a recuperar informações cruciais de sua nave caída. A jornada os leva a revelações inesperadas, desvendando segredos que desafiam a versão oficial da história da Terra, enquanto Jack se confronta com verdades ocultas sobre si mesmo.
Com uma estética marcada pela luz natural, o filme, dirigido por Joseph Kosinski, foge do visual sombrio típico do gênero. Filmado na Islândia, suas paisagens oferecem um contraste imponente à narrativa de destruição. A obra é baseada em uma graphic novel criada pelo próprio Kosinski, nunca publicada, mas que serviu de alicerce para o roteiro. A escolha pela simplicidade na trama a torna acessível, sem abrir mão da profundidade emocional.
Embora as cenas de ação sejam destaque, o filme também explora temas como pertencimento e identidade, ainda que de forma breve. Tom Cruise, conhecido por sua dedicação, participou ativamente do desenvolvimento das naves, aproveitando sua experiência em pilotagem para trazer autenticidade às sequências. Além disso, o elenco conta com Morgan Freeman e Nikolaj Coster-Waldau, somando talentos que ajudam a sustentar a narrativa.
O projeto enfrentou uma trajetória incomum antes de chegar às telas. Originalmente ligado à Disney, foi transferido para a Universal após ajustes para manter uma abordagem mais adulta. Kosinski equilibrou ação e emoção, criando uma obra que, embora não revolucionária, se destaca por sua produção cuidadosa e pelas reflexões que suscita. É um sci-fi cativante, que oferece entretenimento e questionamentos em doses bem ajustadas.
★★★★★★★★★★