O fenômeno continua: 2 semanas no Top 1 da Netflix e todos assistindo Divulgação / Netflix

O fenômeno continua: 2 semanas no Top 1 da Netflix e todos assistindo

Talvez o grande desejo de “Bagagem de Risco” seja rivalizar com a franquia de “Missão Impossível” (1996–2023), começando pelo nome de seu inquieto protagonista. Ethan Kopek traz ecos de seu homônimo, mas carece do magnetismo e da desenvoltura que transformaram Ethan Hunt em um ícone. O filme deveria evocar uma sensação de imersão e adrenalina — como cruzar avenidas desertas à noite ou pilotar um avião em meio a uma tempestade — mas fica aquém dessa proposta.

Enquanto Hunt se consagra por décadas como o destemido aventureiro que escala penhascos, se lança de precipícios e controla helicópteros em meio ao caos, sempre sustentando histórias que extrapolam o convencional e deixam ecos duradouros, Kopek parece à beira de sucumbir sob o peso de uma missão que mistura absurdo e perigo em medidas desiguais. A tensão que deveria galvanizar a narrativa frequentemente cede espaço a momentos que não atingem o impacto esperado.

Histórias de ação frequentemente equilibram conflito e reflexão, expondo tanto o caos quanto a fragilidade humana. Aqui, vemos Kopek, um agente novato da TSA, alvo de um plano arquitetado por um enigmático viajante que transforma sua vida em um jogo de manipulação na véspera de Natal. Sob coerção, ele permite a passagem de um pacote suspeito, desencadeando eventos que misturam suspense e dilemas éticos.

Os roteiristas T.J. Fixman e Michael Green exploram a rotina de um aeroporto em um período festivo caótico como se fosse o palco de um colapso iminente. Apesar da habilidade dos atores Taron Egerton e Jason Bateman em amenizar os tropeços narrativos, a experiência como um todo soa exaustiva, quase como suportar uma criança insistente que quer seu lugar.

Filme: Bagagem de Risco
Diretor: Jaume Collet-Serra
Ano: 2024
Gênero: Ação/Thriller
Avaliaçao: 7/10 1 1
★★★★★★★★★★