Todo mundo já se sentiu um pouco Julia Roberts em um dos romances mais amados da história do cinema, na Netflix Divulgação / TriStar Pictures

Todo mundo já se sentiu um pouco Julia Roberts em um dos romances mais amados da história do cinema, na Netflix

Julia Roberts consolidou-se como o rosto das comédias românticas nos anos 1990, transformando praticamente tudo em que participou em sucesso de bilheteria. Entre os filmes mais celebrados dessa época, destaca-se “O Casamento do Meu Melhor Amigo” (1997), dirigido por P.J. Hogan e roteirizado por Ron Bass. A produção é repleta de momentos memoráveis que permanecem vivos na memória coletiva. Quem pode esquecer a icônica cena em que todos cantam “I Say a Little Prayer” no restaurante? Ou o divertido karaokê de Cameron Diaz? E, claro, a troca de confissões entre Julianne (Roberts) e Michael (Dermot Mulroney) no coreto. Mais do que um filme, essa obra tornou-se um símbolo de uma época em que as comédias românticas tinham um charme peculiar e incomparável.

Os anos 1990 marcaram o auge do gênero, com títulos que conquistaram um lugar permanente no imaginário popular. Filmes como “Jerry Maguire”, “10 Coisas que Eu Odeio em Você”, “Quatro Casamentos e Um Funeral” e “Uma Linda Mulher” são exemplos brilhantes de como o cinema da época equilibrou humor, romance e emoção, criando verdadeiras joias que merecem ser guardadas com carinho.

Em “O Casamento do Meu Melhor Amigo”, a trama gira em torno de Julianne, uma jornalista bem-sucedida que recebe uma notícia inesperada: seu melhor amigo de faculdade, Michael, vai se casar em poucos dias. Ele está apaixonado por Kimberly (Cameron Diaz), uma jovem de família bilionária ligada ao mundo dos esportes. A novidade desestabiliza Julianne, que sempre rejeitou a ideia do romantismo e nunca enxergou Michael como uma possibilidade real. Contudo, ao se deparar com a iminência de perdê-lo para sempre, ela descobre sentimentos que não sabia que tinha.

A convivência com o casal às vésperas do casamento apenas intensifica sua confusão. Julianne percebe que Michael ainda guarda resquícios de sentimentos por ela e decide usar essa informação a seu favor. Ela trama maneiras de sabotar o casamento, chegando a fingir um relacionamento amoroso com seu amigo George (Rupert Everett) para despertar ciúmes em Michael. Entretanto, suas manobras não apenas complicam os planos do amigo, mas também a forçam a confrontar uma questão essencial: estaria ela disposta a amá-lo da mesma forma que Kimberly?

Recheado de momentos hilários e situações inusitadas, o filme entrega uma experiência leve e nostálgica. Julia Roberts brilha ao interpretar Julianne, uma mulher de personalidade forte, que equilibra sua independência profissional com os dilemas emocionais que emergem ao longo da narrativa. A história também oferece uma reflexão intrigante sobre amor, amizade e autoconhecimento, enquanto diverte com seus clichês bem executados e personagens cativantes.

O processo de escolha do elenco foi uma história à parte, com diversas estrelas considerando os papéis principais. Calista Flockhart foi cogitada para os papéis de Julianne e Kimberly, enquanto Laura Dern e Drew Barrymore quase assumiram o papel da noiva. Sarah Jessica Parker esteve entre as opções para viver Julianne, e até mesmo Russell Crowe fez teste para interpretar Michael. No entanto, a química entre os protagonistas pesou na decisão final, levando ao elenco que conhecemos hoje.

“O Casamento do Meu Melhor Amigo” conquistou o status de comfort movie, oferecendo ao público uma experiência acolhedora e nostálgica. Além de entreter, o filme cria uma conexão emocional com o espectador, funcionando como um refúgio seguro, onde é possível revisitar sentimentos familiares e, ao mesmo tempo, apreciar a leveza de uma história bem contada. É um lembrete de que algumas produções transcendem o tempo, tornando-se verdadeiras companhias em momentos de alegria ou introspecção.

Filme: O Casamento do Meu Pai
Diretor: P.J. Hogan
Ano: 1997
Gênero: Comédia/Romance
Avaliaçao: 9/10 1 1
★★★★★★★★★