Sequência de sucesso de ação com Gerard Butler e Morgan Freeman está entre os 10 filmes mais assistidos do momento na Netflix Divulgação / Millenium Media

Sequência de sucesso de ação com Gerard Butler e Morgan Freeman está entre os 10 filmes mais assistidos do momento na Netflix

Sequência de “Invasão à Casa Branca” e “Invasão a Londres”, “Invasão ao Serviço Secreto” traz Gerard Butler de volta no papel de Mike Banning, um veterano do Serviço Secreto americano que enfrenta desafios tanto no âmbito profissional quanto pessoal. Apesar de buscar paz e sossego, lidando com problemas de saúde e com as responsabilidades de ser pai de um recém-nascido, Banning ainda reluta em se afastar do trabalho de campo. Quando lhe é oferecido o cargo de diretor do Serviço Secreto, ele hesita em aceitar, interpretando essa promoção como um prenúncio de aposentadoria e o fim da adrenalina que a ação proporciona.  

Tudo muda drasticamente quando um ataque altamente sofisticado com drones coloca em risco a vida do presidente Allan Trumbull (Morgan Freeman). Graças à habilidade e ao instinto de Banning, o presidente sobrevive, mas as circunstâncias do ataque levantam suspeitas sobre o próprio agente. Como único sobrevivente da equipe de segurança, Banning se torna alvo de uma investigação que rapidamente escala para uma caçada. Provas contundentes começam a surgir, incriminando-o como o suposto arquiteto da traição que deixou o presidente em coma.  

O roteiro, a partir desse ponto, segue uma fórmula previsível, recorrendo a elementos comuns em thrillers de ação. Mike Banning precisa fugir dos agentes mais treinados do governo federal enquanto luta para limpar seu nome e descobrir os verdadeiros responsáveis pelo ataque. Sua jornada o leva a um lugar inesperado: o refúgio isolado de seu pai, Clay Banning (Nick Nolte), um veterano de guerra que abandonou a família décadas atrás. Apesar da relação complicada entre pai e filho, o reencontro permite que ambos confrontem os fantasmas do passado, compreendam suas realidades e encontrem uma oportunidade de reconciliação.  

Dirigido por Ric Roman Waugh, o terceiro filme da franquia apresenta um esforço para aprofundar o personagem principal, mostrando que Mike Banning não é apenas um herói de ação incansável, mas também um homem com dilemas internos e fragilidades humanas. Ao explorar a saúde debilitada de Banning, suas inseguranças sobre o futuro e os conflitos familiares, o filme tenta conferir camadas ao protagonista, aproximando-o do público. Essa abordagem permite que a narrativa vá além do espetáculo de explosões e perseguições, embora continue dependente de clichês do gênero.  

Com um orçamento reduzido em relação aos dois primeiros filmes, “Invasão ao Serviço Secreto” foi produzido com 40 milhões de dólares, uma escolha que se reflete em cenas de ação mais contidas, mas ainda assim bem executadas. Morgan Freeman, que interpreta o presidente Trumbull, revelou em entrevistas que aceitou retornar ao papel principalmente pelo generoso cachê de aproximadamente 10 milhões de dólares.  

Embora o filme traga novos elementos para a franquia, como a abordagem mais pessoal da vida de Banning e o relacionamento com seu pai, ele não se distancia completamente das fórmulas consagradas que caracterizaram os capítulos anteriores. As sequências de ação ainda são o grande atrativo, mas o público já familiarizado com a série encontrará poucos momentos realmente surpreendentes.  

“Invasão ao Serviço Secreto” tenta equilibrar o espetáculo visual com uma narrativa mais emocional, mas o resultado é misto. Enquanto o aprofundamento do protagonista é uma adição bem-vinda, a previsibilidade da trama e o uso de soluções já vistas em outros filmes do gênero impedem que a obra se destaque como algo realmente inovador. Ainda assim, os fãs de Gerard Butler e da franquia devem encontrar motivos suficientes para apreciar essa nova aventura de Mike Banning.  

Filme: Invasão ao Serviço Secreto
Diretor: Ric Roman Waugh
Ano: 2019
Gênero: Ação/Policial/Thriller
Avaliaçao: 7/10 1 1
★★★★★★★★★★
Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.