Quase ninguém desliga o celular no Brasil. Nem quando se está no cinema, no teatro, no restaurante ou no avião. Pra que desligar? Vai que se recebe um spam importante ou uma tentativa de golpe maneira? Portanto, quando a gente liga para alguém e a pessoa não atende, a culpa só pode ser da principal inimiga do usuário de celular: a bateria.
A duração da carga da bateria do celular é um dos maiores transtornos da vida moderna. Todo mundo reclama que a bateria de seus celulares dura pouco. E todos sofrem muito com a bateria descarregada.
Pais sofrem quando a bateria do celular dos filhos acaba no meio da madrugada e eles não podem ficar mandando mensagens de quinze em quinze minutos perguntando: “Tá tudo bem?”
Adolescentes sofrem de síndrome de bateria descarregada, começam a tremer quando não sabem como fazer para passar as próximas horas sem mandar mensagens fundamentais com emojis ou figurinhas engraçadas para seus amigos.
Como é que adultos vão fazer quando a bateria do celular acabar no restaurante justamente na hora que eles iam tirar fotos do prato para colocar no Instagram? E pior: sem bateria, eles vão ter que conversar durante o jantar. Que saco! Os casais acabam discutindo, e o casamento fica por um fio.
No entanto, alguns médicos e fisioterapeutas consideram o descarregamento da bateria fundamental para a saúde das pessoas. Quando a bateria acaba, as pessoas finalmente levantam a cabeça, já que não adianta ficar olhando para o celular descarregado. E levantar a cabeça, mesmo que só por meia hora, é muito importante para a manutenção da postura e para a integridade da coluna.
Alguns biólogos evolucionistas chegaram a cogitar a ideia de que, no futuro, o ser humano já vai nascer com o pescoço curvo. Depois de várias gerações olhando para o celular 24 horas por dia, a evolução natural privilegiará os humanos que nascerem com o pescoço recurvado, que poderão assim tuitar mais ou facebookar ou instagramar ou qualquer que seja a rede social que exista no futuro. Mas graças ao descarregamento das baterias essa evolução pode não acontecer.
Preocupados com os efeitos das baterias descarregadas no ser humano, antropólogos e sociólogos realizaram uma pesquisa sobre esse assunto. A mesma pergunta foi feita em 10 países diferentes e o resultado foi idêntico em todos os lugares:
A pergunta era a seguinte:
“O que você prefere? A paz mundial ou uma bateria de celular eterna?”
Tudo bem, a paz mundial ganhou, mas 100% dos entrevistados pensaram antes de responder.